Crianças trocam a aula escolar pelo apoio à Seleção Feminina na Copa do Mundo

Créditos: Divulgação/Prefeitura de São Vicente

A volta às aulas na rede municipal de ensino de São Vicente teve um momento especial. Nesta segunda-feira (24), ao invés dos livros, cadernos e lousa, um telão e muita torcida tomaram conta de uma escola. Os alunos se juntaram para acompanhar a estreia do Brasil na Copa do Mundo Feminina. E todos saíram satisfeitos com a goleada de 4 a 0 aplicada sobre o Panamá.

A estreia da Seleção contou direito a hat-trick (três gols em uma só partida) da meio-campista Ary Borges. O outro gol foi marcado pela atacante Bia Zaneratto.

Créditos: Divulgação/Prefeitura de São Vicente

As alunas não conseguiram conter a euforia, com a atuação de gala do Brasil. Empolgada com o show do Brasil na estreia, Brendha Adrielly, aluna do 8º Ano C da U.E Mário Covas Jr., na Náutica III, deu um palpite ousado para o próximo compromisso das brasileiras, que será diante da França, neste sábado (29), às 7h, no Estádio de Brisbane (Austrália).

“Me emocionei com a vitória e confio no título. No próximo jogo veremos mais um espetáculo. Vai ser 5X0”.

Inspirada na Rainha do Futebol, Marta, Maria Eduarda, também do 8º Ano C, sonha em se profissionalizar. Ela atua como zagueira e costuma entrar em campo no Parque das Bandeiras, em São Vicente. Duda, como é carinhosamente apelidada, tem como meta de vida estar no próximo mundial (2027), defendendo as cores verde e amarela. “É um sonho que quero realizar. Se Deus quiser, chegarei lá”, ressalta.

A diretora do Mário Covas Jr, Cristina Homs, destacou a importância do momento como uma memória afetiva gerada na vida dos estudantes. “Foi emocionante. Certamente irão guardar este dia com carinho em suas lembranças. Estou até rouca de tanto ter gritado. Nosso Brasil fez bonito”.

’Futebol é coisa de mulher?’ – Cristina completou sua fala mencionando o projeto ‘Futebol é coisa de mulher?’, desenvolvido pela escola em junho. O objetivo é dar à competição feminina o mesmo peso visto no masculino e, assim, trabalhar, de maneira interdisciplinar, conceitos como empoderamento, direitos sociais, história, entre outros.

A ideia

A iniciativa partiu do professor de educação física, Michel Leite Viana. Segundo ele, além de torcer, os alunos assistirem ao jogo, também serve de ‘aula’. “A escola é o local que, além de ensinar as matérias formais, precisa discutir os problemas da sociedade. Segundo o IBGE, homens ganham 30% a mais que mulheres, ocupando o mesmo cargo. No futebol a discrepância é ainda maior. O futebol feminino tem o mesmo potencial de despertar paixões que o masculino. Mais visibilidade ao futebol feminino é algo positivo para todos, fomenta a economia, e dá oportunidade para que as meninas, assim como os homens, possam transformar a vida dos familiares por meio do esporte”, justificae.

Expediente

Segundo a Prefeitura de São Vicente, o prefeito Kayo Amado (Podemos) assinou o Decreto N.º 6223, autorizando o ponto facultativo dos servidores públicos municipais nos dias de jogos do Brasil na competição.

A secretária de Educação, Nivea Marsili, explica que as unidades têm autonomia para optar pela adesão ao ponto facultativo. “Demos liberdade para cada escola. Podem optar por assistir aos jogos na unidade ou pela adesão ao ponto facultativo e consequente reposição do dia letivo”.

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