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Filha de sargento da PM que matou mulher a tiros e facadas em clínica de Santos alega que já havia sido chutada pelo pai

Reprodução

A filha do sargento da Polícia Militar que matou a própria mulher a tiros e facadas, dentro de uma clínica médica, na cidade de Santos, litoral paulista, relatou à avó materna que o pai já havia a chutado e a batido no rosto por conta de um achocolatado. A mesma, que também foi alvejada por Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho na data do crime, recebeu alta hospitalar mas não participou da reconstituição do crime, que aconteceu nesta semana.

O crime aconteceu no dia 7 de maio, na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Segundo registros da Polícia Civil, o homem compareceu ao local assim que soube da presença da mulher e da filha. Inicialmente, o casal teria discutido verbalmente, e o médico teria os separado, pedindo para que o PM se retirasse do estabelecimento. No entanto, posteriormente, o sargento conseguiu entrar no local e cometer o feminicídio com a presença de agentes da Polícia Militar.

A criança só soube da morte da mãe dois dias depois, e fez relatos sobre tudo que presenciou. “Vovó, o papai tentou me matar”, falou a menina, segundo a avó. Ela viu a mãe ser apunhalada, socada e baleada pelo próprio pai, que também a atingiu com três disparos. A também vítima do ocorrido não participou da reconstituição do crime, que aconteceu na última quinta-feira (22).

Para a avó, dois dias antes dos fatos, a criança havia contado que certa vez, o pai a chutou e a estapeou no rosto, após implicar com seu achocolatado. Ele teria partido para as agressões pois jogou a bebida na pia, mas a menina havia tentado fazer outro.

Familiares e amigos de Amanda Fernandes Carvalho, afirmam que os filhos não gostavam do pai e tinham medo dele. A menina era a que mais o enfrentava.

Laudo do IML

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) concluiu que o sargento da Polícia Militar, Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, matou a própria mulher com 51 facadas e três tiros.

A maioria das facadas proferidas em Amanda Fernandes Carvalho, atingiram o lado direito de seu corpo, desde a coxa até a face, aponta o laudo necroscópico. Outra questão levantada é que os tiros teriam sido disparados à distância.

O médico legista concluiu que a vítima sofreu “morte violenta, decorrente de anemia aguda por hemorragia interna traumática, em consequência dos ferimentos”.

Desde que foi detido, o sargento se encontra inativo temporariamente, sem direito a salário, além do tempo de serviço não ser contabilizado. A filha do casal, que foi atingida por disparos feitos por Samir na data dos fatos, ficou internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas na última terça-feira (13) recebeu alta hospitalar.

O crime

A mulher e a criança ficaram trancadas com o médico dentro de uma sala, enquanto a Polícia Militar era acionada. Com a chegada da equipe, o homem, que estava na rua, teria mostrado que não estava armado e entrou novamente com os agentes no estabelecimento.

Quando o médico abriu a porta da sala onde a mulher e a criança estavam, o policial – que estava de folga -, teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe da PM, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira.

Conduta de agentes é investigada pela SSP

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender a ocorrência.

De acordo com a pasta, “na ocasião, os policiais foram acionados via Copom para atender uma ocorrência de desinteligência no local. Quando chegaram as vítimas estavam trancadas em um consultório e o autor, um policial militar de folga, do lado de fora. De acordo com as informações prestadas no boletim de ocorrência, após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.”.

Há, no entanto, a informação de que o homem teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira. Este detalhe, não foi confirmado pela pasta.

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