O Mundial de Clubes começará nesta semana para Fluminense e Manchester City, representantes da América do Sul e da Europa. Ambos os times disputarão o torneio pela primeira vez.
É bem verdade que, ano após ano, o Mundial de Clubes vem deixando de ser tão interessante quanto era em outras épocas. Tanto é que a FIFA tentará dar outra cara à competição a partir de 2025, assim como já fez em 2005, quando passou a ser disputado não só pelos campeões da Libertadores e da Liga dos Campeões, mas também pelos vencedores continentais da América do Norte, África, Ásia e Oceania.
Por outro lado, esta edição poderá ter uma grande atração: o duelo entre Pepe Guardiola e Fernando Diniz, técnicos responsáveis por uma tarefa tão corajosa quanto difícil: a de reinventar o futebol (ou pelo menos alguns conceitos dele).
De um lado, Guardiola, que dispensa apresentação. Campeão por onde passou, seu trabalho mais marcante foi sem dúvida comandar o Barcelona de Messi, Xavi e Iniesta, um dos melhores times da história. Aquela equipe fez algo até então impensável no futebol atual: dominar completamente o jogo. Com intensa troca de passes curtos e muita movimentação, os “miúdos” do Barça desnorteavam qualquer adversário.
Do outro, Diniz. Menos badalado e reconhecido mundialmente, é verdade. Porém, com muito menos matéria-prima nas mãos, convenhamos, foi capaz de implementar um sistema de jogo parecido e certamente inspirado no primeiro, que levou o Fluminense ao seu primeiro título continental.
Caso os dois se encontrem na final (e tomara que isso aconteça), será, talvez, a maior atração do torneio. E caso Diniz saia vencedor, será, com certeza, uma das maiores façanhas da história do futebol brasileiro.
