O homem que matou a ex-companheira e a cadela de estimação do casal em fevereiro de 2024 em Apiaí, foi condenado a 42 anos de prisão em regime inicial fechado a pena total fixada. Ele também atentou contra a vida da mãe da jovem, mas não obteve sucesso.
O Tribunal do Júri ocorreu na última quarta-feira (25) e o promotor Renan Rodrigues, autor da denúncia foi o responsável pela sustentação em plenário. Rodrigues relatou que o homem viveu em união estável com uma das vítimas por cerca de um ano. Os dois tiveram um filho, mas o relacionamento chegou ao fim.
No dia do crime, o réu foi à residência das mulheres para tentar reatar a união e, quando conversava com a ex-companheira na cozinha, atacou-a com golpes de faca, movido pelo sentimento de posse. Com o neto de 5 meses no colo, a mãe da mulher interveio para socorrer a filha, mas foi atingida em regiões como nuca e costas.
Já a cachorra da família, recebeu chutes e facadas na costela, língua, no olho e focinho, morrendo no local ao tentar defender as mulheres. Após matar o animal, o réu ainda voltou a golpea-las e em seguida fugiu.
Em nota, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) destaca que o trabalho realizado neste caso assegurou uma sentença que reconheceu tanto um feminicídio consumado quanto outro na forma tentada, ambos agravados por qualificadoras como motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.
No caso da tentativa, ainda se destacou o intuito de garantir a execução de outro crime, cometido na presença de um descendente.
A decisão também incluiu a condenação pelo crime de maus-tratos a animal.



