A bala que atingiu o soldado da equipe de Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, em Guarujá, não teria saído da arma atribuída aos suspeitos, de acordo com o laudo pericial de confronto balístico do Centro de Exames, Análises e Pesquisas (Ceap) de Balística do Instituto Criminalística (IC). A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (18).
A arma é uma pistola da marca Taurus e o suspeito de ter atirado em Reis é o “Sniper do Tráfico”, Erickson David da Silva, o Deivinho. O caso ocorreu no dia 27 de julho, no bairro Vila Júlia, em Guarujá. A morte do soldado deu início à Operação Escudo, que prendeu mais de mil pessoas e apreendeu cerca de uma tonelada de drogas.
Os três acusados de matar Reis são: Erickson – o Deivinho, Kauã Jazon da Silva – irmão de Deivinho e Marco Antonio de Assis Silva – o Mazzaropi. Deivinho seria o “segurança” de um ponto de venda de drogas, identificado como “Biqueira da Seringueira”, no alto do morro da Vila Júlia. Kauã também estava no momento do ocorrido como “olheiro” da boca, avisando sobre a aparição de policiais. E Mazzaropi seria o vendedor das drogas.
O laudo aponta que a bala extraída do PM não pode ter saído da arma, pois foram encontradas algumas “discordâncias entre os projéteis”. De acordo com o documento, a pistola, de 9mm, estava em péssimo estado de conservação, com o número de série raspado, mas ainda funcionava. A arma foi encontrada no dia 31 de julho, descarregada e embrulhada em uma sacola, dentro de um beco. Na data do ocorrido, Erickson da Silva negou ter atirado no agente.
Entenda mais
O que desencadeou a “Operação Escudo” foi a morte do soldado Reis, que foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda.
A vítima chegou a ser levada para uma unidade de pronto atendimento na cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Um outro policial também foi ferido, mas na mão esquerda. Ele foi encaminhado para o Hospital Santo Amaro (HSA), onde passou por um procedimento e foi liberado.