Santos e cidade portuguesa fecham parceria para promover acervo de Braz Cubas

Créditos: Divulgação/Prefeitura de Santos

Por onde o santista passa, o nome de Braz Cubas aparece como destaque. Ele dá o nome ao Teatro Municipal e também a uma rua que liga a Vila Mathias ao Centro de Santos. E ainda tem uma estátua de frente à Alfândega. Mas afinal, quem foi ele e porque a figura dele é tão importante? Para ajudar a responder estas perguntas e ainda çevar mais curiosidades, Santos e a cidade do Porto, em Portugal firmaram uma parceria para disponibilizar um acervo de Braz Cubas.

Créditos: Divulgação/Prefeitura de Santos

O acerto ocorreu na quarta-feira (27/09) e o  diretor-presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), Luiz Dias Guimarães, se reuniu com representantes do Arquivo Histórico Municipal do município português.

O encontro aconteceu no histórico edifício D. Henrique Infante, sede do Arquivo, e contou com a presença da diretora da Divisão de Arquivos, Maria Helena Braga, e da historiadora Paula Cunha. Na oportunidade, foram estabelecidos os primeiros passos para a troca de informações sobre Braz e sua família, tradicional no Porto, que é cidade-irmã de Santos.

“No Porto, os Cubas instalaram uma Misericórdia, como em Santos”, comentou Guimarães, referindo-se a Santa Casa, o mais antigo hospital brasileiro, fundada pelo português. “Agora vamos reunir todas as informações históricas disponíveis para enriquecer ambos os acervos”.

Durante a visita, o presidente da fundação santista teve acesso à reprodução de uma ata para a constituição da Misericórdia do Porto assinada por Nuno Rodrigues, avô de Braz Cubas, entre outras pessoas.

Conheça Braz Cubas

Portuense nascido em 1507, Braz Cubas, navegador e explorador, veio com Martim Afonso de Souza em 1532 para dar início ao processo de colonização do Brasil e com a missão de fundar vilas e formar povoados no litoral de São Paulo.

Cubas recebeu as terras definidas como a cidade de Santos. Iniciou o povoamento deste lugar nas proximidades de um pequeno morro conhecido hoje como Outeiro de Santa Catarina, em virtude de uma capela construída na base deste morro com esse nome.  O espaço urbano onde Braz Cubas iniciou o povoamento é conhecido como Centro Histórico. 

Ao iniciar a ocupação do lugar, além de construir a Capela de Santa Catarina, Braz Cubas ergueu um pelourinho onde eram fixados os editais, as leis e as normas que os moradores deviam seguir, transferiu o porto do lugar que conhecemos como Ponta da Praia para a região onde se formava o povoado, criou também o Engenho dos Erasmos ainda na década de 1530, do qual ainda existem ruínas e referências de sua existência, na Zona Noroeste. Em 1543, funda a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos.

Em 1546, Braz Cubas assina um documento chamado Foral de Vila, que eleva o povoado à categoria de Vila, que passa a ser cidade em 26 de Janeiro de 1839.

Filho de João Pires Cubas e Isabel Nunes, teve quatro irmãos: Catarina, Antonio, Francisco e Gonçalo Cubas, que também vieram na expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza. Braz Cubas faleceu em março de 1592, em sua cidade natal.

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