Um falso “Big Brother” foi descoberto no Rádio Clube, Zona Noroeste de Santos. Policiais encontraram câmeras instaladas no meio da fiação de postes de energia. Os equipamentos foram apreendidos e um homem de 22 anos. Ele é apontado como um dos líderes de uma facção criminosa da cidade. Os equipamentos eram usados pelos criminosos para controlar a área.
Segundo o boletim de ocorrência, os policiais civis realizavam a investigação para apurar se ele era o responsável por armazenar drogas e armas de fogos para traficantes. A equipe da 2ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6) foi até à Avenida Brigadeiro Faria Lima e as câmeras escondias em um poste de luz foram localizadas. Elas estavam na esquina com a Rua Kleber Facundo Leite.
Ainda segundo o boletim, os equipamentos monitoravam o local e, “potencialmente, transmitiam as imagens via internet”. A área em questão é apontada por ter forte atuação do crime organizado. Os policiais tiraram as câmeras e os objetos que auxiliavam no funcionamento.
A prisão
No momento da prisão, os policiais foram recebidos pela namorada do suspeito, que dormia. A Ordem Judicial foi apresentada e questionado, ele negou ter envolvimento com o crime organizado, tráfico de drogas e armas de fogo.
Mas os policiais encontraram três celulares com conversas, imagens e vídeos. Isto acabou comprovando que o jovem não era apenas responsável por gerenciar biqueiras, mas sim que também tinha uma posição de liderança na facção criminosa do bairro.
Nas conversas encontradas nos celulares, os agentes descobriram que tinham apresentação de contabilidade e anotações de distribuições de drogas; ordens para outros criminosos cumprirem; negociação de compra e venda de armas de fogo; e informações enviadas a um advogado em caso de prisão.
Além disso, segundo a Polícia Civil, também foram achadas 14 caixas com sandálias novas, só que sem nota fiscal. O traficante informou à polícia que comprou sabendo que haviam sido roubadas de uma loja e já teria vendido uma parte. Foram apreendidos cinco documentos em nome de terceiros, R$ 350, uma balança e maconha.
Ele foi preso e indiciado por receptação, associação e organização criminosa. A defesa do suspeito não se manifestou até o momento. A CPFL Piratininga foi procurada, mas ainda não deu retorno. Assim que responderem, terão as respostas divulgadas.