A Polícia Civil de Nova Odessa, durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira, confirmou que a arma usada na morte de Michele Aparecida Cruz dos Santos, de 31 anos, era ilegal e que o principal suspeito do crime é o atual namorado da vítima, de 30 anos, que já tem antecedentes criminais por furto. A vítima havia se mudado para a cidade há cerca de uma semana, com o objetivo de recomeçar a vida.
Natural de Indaiatuba, Michele era proprietária de uma loja de roupas e vivia em Nova Odessa sozinha, enquanto a maior parte de sua família segue morando na cidade natal. Apenas a mãe reside em Paulínia. Segundo a polícia, ela estava acompanhada de duas amigas e de Felipe, com quem havia iniciado um relacionamento recente.
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Michele foi baleada na noite de domingo, 8, ao sair de uma adega no bairro Bosque dos Cedros. O grupo havia deixado o local e caminhava em direção ao carro da vítima quando o disparo ocorreu. Imagens de uma câmera de segurança analisadas pelos investigadores mostram o momento exato em que um flash de luz indica o tiro. O suspeito alegou, em depoimento, que o disparo foi acidental, mas os investigadores contestam essa versão, ressaltando que a arma utilizada é pesada, não automática, e exige ação direta no gatilho.
Inicialmente, o suspeito tentou atribuir o crime a um ex-namorado de Michele, identificado como Rafael. O ex chegou a prestar depoimento, mas foi descartado como suspeito após apresentar um álibi consistente: estava com a atual namorada em outro local no momento do crime, inclusive com comprovantes de que havia saído para comprar esfirras.
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Outro ponto que levantou suspeita contra o atual namorado foi sua fuga do local. Após Michele ser socorrida por amigos e levada ao hospital municipal, onde morreu pouco depois de dar entrada. Ele fugiu do hospital e abandonou o carro da vítima, um Hyundai X35, que foi encontrado posteriormente na Rua das Perobas, também em Nova Odessa.
Apesar das evidências, ele foi liberado após prestar depoimento, já que não houve flagrante. A arma usada no crime não foi apresentada por ele, mas, segundo a polícia, teria sido entregue por seu advogado — reforçando que se trata de armamento ilegal.
Durante a coletiva, a polícia também destacou que a investigação ainda está em andamento e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias.
