Um americanense sofreu uma queda de cinco metros de altura e sofreu traumatismo craniano. Uma semana depois foi dada sua morte cerebral. Os familiares então autorizaram a doação do fígado, dos rins e das córneas. A doação dos órgãos salvou uma vida, tirou duas pessoas da diálise e deu visão para outras duas pessoas.
A história de Carlos Alexandre Ramos, de 34 anos, é mais um exemplo de como a doação de órgãos pode salvar vidas. Nesse momento difícil, a família teve um alento e conforto ao saber que seu último desejo foi realizado.
Carlos Alexandre vivia uma fase difícil no trabalho. Ele chegou a morar na rua devido a problemas familiares, até ser acolhido por igrejas e pelo irmão mais velho. Paulo Sérgio Ramos e Adriana Rita Gomes acolheram Carlos na casa da família por cerca de quatro meses neste ano de 2023.
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Uma vez, assistindo a televisão, a família via as notícias de quando o apresentador Fausto Silva, o Faustão, estava precisando de um transplante de coração, Carlos comentou: “se eu tiver a oportunidade de doar meus órgãos, eu gostaria.”
O casal disse ainda que teriam achado o “papo estranho” e deram risada. Mesmo com a situação, Carlos insistiu e ressaltou: “imagina quantas vidas nossos órgãos podem salvar”. A doação do americanense impactou diretamente cinco pessoas.
O procedimento foi realizado no Centro Cirúrgico do Hospital Municipal de Americana por uma equipe do Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Segundo a equipe, tudo ocorreu bem.
Como doar no Brasil?
Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) para ser doador, não é necessário deixar nada por escrito em nenhum documento. Basta comunicar a família do desejo da doação. Ela só é feita mediante autorização familiar.
A vontade de Carlos mudou diretamente a vida de cinco pessoas e pode inspirar mais pessoas para que mais vidas possam ser impactadas.