Israel Moreira: Brigatti, Haquín e ausência de Jeh na estreia da Ponte Preta

Israel Moreira
Israel Moreira
Israel Moreira é jornalista com passagens pelo Correio Popular, Rádio Central e Jovem Pan.
Gabriel Cordeiro / PontePress
Gabriel Cordeiro / PontePress

O empate por 1 a 1 contra o Coritiba no Moisés Lucarelli no último domingo (21), na sua estreia da Série B, mostrou ao torcedor da Ponte Preta que mesmo após mais de um mês de treinamentos, os velhos problemas continuam.

A formação tática desta partida contra o Coxa foi diferente dos jogos finais do Paulistão. João Brigatti abandonou o esquema com três zagueiros, mudou a dupla de defensores, escalando Joílson (autor do gol da Macaca) e Sérgio Raphael.

As ausências no time titular de Nilson Jr. e o boliviano Luis Haquin, não prejudicaram a equipe, é bem verdade, mas um detalhe chamou à atenção da torcida: na substituição de Sérgio Raphael por contusão, o treinador optou pelo zagueiro Edson. Ninguém entendeu. Na entrevista coletiva pós-jogo, ao explicar os motivos pela escolha de Edson, o técnico pontepretano alegou a falta de costume do boliviano em jogar pelo lado esquerdo. Não convenceu.

João apostou na grata surpresa do volante Dudu Vieira, e no atacante Matheus Régis, que foi bem no primeiro tempo até o gol pontepretano. Na segunda etapa, os mesmos erros do Campeonato Paulista. O time recua excessivamente, não consegue ter o domínio da segunda bola. Elvis já não apresenta as mesmas condições físicas do primeiro tempo, e Brigatti cometeu equívocos nas substituições ou na demora em fazê-las, assim como o fez em um passado recente (o Paulistão) e que agora se repetem.

E o Jeh?

Sobre o atacante Jeh, antes do início da partida, a informação que nos chegou era que sua ausência até do banco de reservas foi opção do treinador, o que nos pareceu no mínimo estranha.

Durante o jogo, a notícia de que o centroavante estava “abalado” com a não concretização de uma negociação com o Santos, antes do fechamento da janela de transferência, irritou a torcida. Jeh chegou na Macaca para a disputa da Série A2 de 2023.

Desconhecido no futebol, o atleta foi artilheiro na Série A3 pelo Itapirense em 2022. Chegou à Campinas e conquistou a exigente torcida pontepretana com gols e disposição. Na Série B do ano passado, foi muito abaixo do que se esperava.

Jeh voltou aos holofotes do futebol com o início do paulista. Fez quatro gols e imediatamente chamou a atenção do Internacional de Porto Alegre e do Santos.

Por enquanto, o atleta é jogador da Ponte Preta. Tem contrato e não há mais janela de transferência para jogadores das séries A e B. Essa será mais uma barreira que a diretoria de futebol e a comissão técnica terão que superar. O jogador parece não querer ficar, mas e a instituição como fica?

Até o próximo domingo, 28, contra o Goiás, teremos muitas emoções, dentro e fora do campo.

**As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do THMais Campinas.

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