A alteração tática que o técnico João Brigatti promoveu no meio-campo da Ponte Preta na partida contra a Chapecoense na tarde da última terça-feira, 21, de início, foi positiva. Fora de casa, a opção do treinador com a entrada de mais um meio-campista (Lucas Buchecha) foi interessante na tentativa de povoar o setor e buscar ter mais a posse da bola.
A saída do atacante Matheus Régis do time titular é questionável. Mesmo pendurado com dois cartões amarelos, eu não o deixaria no banco. Entre ele e Iago Dias, para o duelo contra a Chape, optaria pela entrada do Matheus.
No meio-campo, setor que mereceu maior atenção do treinador, a troca de Emerson Santos pelo outro Emerson, não surtiu efeito algum. Mas já era uma substituição cantada, como aconteceu no fim do jogo.
O dono da camisa 10, Elvis, é craque. Quando a bola está em seus pés, surgem as maiores oportunidades de gol da Ponte Preta. Acertou o técnico em mantê-lo até o fim da partida.
Nas laterais, talvez esteja a maior preocupação (ou deveria ser) do João Brigatti. Igor Inocêncio e Gabriel Risso, mais uma vez, pouco produziram. Risso, aliás, tem potencial e já provou ser útil a equipe, mas não conseguiu nos jogos da Série B, a mesma eficiência que mostrou no Campeonato Paulista.
Na defesa, Haquin e suas atrapalhadas sucessivas, ainda não comprometeram efetivamente, mas a cada partida o risco aumenta. Sergio Raphael me pareceu mais seguro, não dando chances aos erros e se mantendo regular.
Já o ataque pontepretano, produziu algumas chances claras de gol, principalmente na segunda etapa, após as tardias alterações do João. Esse é o principal ponto.
Brigatti tinha ficado no banco de reservas até a expulsão de Matheus Régis, o próprio atacante, o meia Dodô e Jeh, que voltou a ser relacionado depois de três rodadas. Esperava-se um pouco mais de ousadia, coragem do treinador para buscar a vitória e, principalmente, pelas condições que o adversário propusera a Macaca. Uma partida tecnicamente bem abaixo do que se espera de dois clubes da Série B.
Mesmo assim, a Ponte teve chances com Dodô e Jeh para sair com a vitória da Arena Condá e os três pontos na tabela de classificação, mas a falta de coragem da comissão técnica impediu a vitória pontepretana.
Fim de jogo em Santa Catarina, Chapecoense 0 a 0 Ponte Preta e o gosto amargo de ter desperdiçado a chance de triunfar fora de casa.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do THMais Campinas