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Motociclistas lideram atendimentos do Samu por acidentes de trânsito em Campinas

Israel Moreira
Israel Moreira
Israel Moreira é jornalista com passagens pelo Correio Popular, Rádio Central e Jovem Pan News.
Foto: Agência Brasil

Campinas registra uma média de 600 atendimentos mensais relacionados a acidentes de trânsito, segundo dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A maioria dos casos envolve motociclistas, que são também as vítimas mais gravemente feridas e as que permanecem mais tempos hospitalizados.

Entre abril de 2024 e maio de 2025, o Samu Campinas realizou 6.722 atendimentos decorrentes de acidentes de trânsito, de acordo com levantamento da própria instituição. Os dados revelam que 63% dessas ocorrências envolveram motociclistas — em colisões com automóveis, caminhões ou outros tipos de veículos.

Do total de registros, 2.329 foram colisões entre automóveis e motos, seguidos por 1.750 ocorrências com motocicletas sozinhas e 703 atropelamentos. As demais incluem acidentes entre automóveis (429), com bicicletas (242), entre motos (180) e outras categorias (1.089).

O Samu atende cerca de 90% das ocorrências viárias dentro da cidade. Os casos menos graves são encaminhados com Ambulâncias de Suporte Básico, que responderam por 77% dos atendimentos no período. Já os mais graves contaram com suporte avançado e foram destinados a hospitais de referência, como Mário Gatti, PUC-Campinas, Hospital de Clínicas da Unicamp e Ouro Verde. Em algumas situações, quando há autorização médica e o paciente está consciente, é possível o encaminhamento a unidades privadas.

De acordo com Sérgio Marcolino Rosa, coordenador da Ortopedia do Hospital Mário Gatti, chama atenção o aumento da complexidade dos ferimentos entre os motociclistas. “Os traumas em quem anda de moto têm sido cada vez mais graves. Sem proteção física, o impacto direto compromete pernas, joelhos, fêmur e também áreas críticas como a cabeça e a coluna cervical, que podem levar à morte por traumatismo craniano”, afirma.

Fraturas com perda de osso e lesões em partes moles, como tendões, músculos e vasos, são algumas das ocorrências mais desafiadoras para os ortopedistas. “Esses pacientes muitas vezes precisam de fixadores externos e ficam internados por até três meses até que haja condições para uma cirurgia definitiva”, explica.

Apesar da gravidade de muitos casos, a maioria dos acidentados atendidos no Mário Gatti sobrevive. Isso é resultado do avanço tecnológico nos equipamentos, da capacitação das equipes de resgate e da agilidade no atendimento.

A maior parte das vítimas são homens jovens, entre 18 e 40 anos, com destaque para trabalhadores que utilizam a moto como meio de sustento.

Para o médico, o caminho mais eficaz para reduzir os números alarmantes é investir em campanhas permanentes de educação no trânsito. “É preciso reforçar todos os dias que a atenção e o cuidado no trânsito salvam vidas”, conclui.

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