Uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e o Grupo de Operações Especiais (GOE) de Campinas prendeu, nesta quinta-feira (14), o hacker Fernando Curti, suspeito de ameaçar explodir o Supremo Tribunal Federal (STF) no final de 2022 e de realizar ataques virtuais contra políticos de várias partes do Brasil.
O suspeito, detido em seu condomínio em Jundiaí, é acusado de integrar um grupo que utilizava perfis falsos para realizar ataques de cunho racial e ameaças contra figuras públicas e seus familiares. A investigação revelou que políticos de diversas regiões do Brasil foram alvo das mensagens, e muitas das ofensas possuíam teor racial e ameaças graves. Um caso específico envolvendo uma deputada estadual do Rio Grande do Sul motivou a operação que resultou na prisão de Curti.
Há indícios de que o grupo ao qual Curti pertence atuava na “dark web” para planejar e executar crimes contra autoridades em diversos estados brasileiros. A ação criminosa causou problemas a pessoas inocentes que, sem saber, tiveram seus perfis utilizados pelo grupo para encobrir as atividades ilegais, levando-as a serem erroneamente investigadas.
Durante a operação, policiais apreenderam diversos equipamentos de informática na residência de Curti, e a análise dos dados encontrados confirmou a autoria das ações criminosas. Outro suspeito, também alvo da operação, não foi localizado.
Curti foi autuado em flagrante pelos crimes de associação criminosa, injúria racial, ameaça e violência política, sendo conduzido ao Centro de Triagem, onde aguardará decisão judicial. A prisão representa um avanço nas investigações e reforça o combate às ameaças virtuais direcionadas a figuras públicas no país.