A ossada que pode ser de Helena Jusfrede Ribeiro, merendeira desaparecida há quase um ano, foi encontrada nesta quinta-feira (10), na Pedreira Simoso, em Mogi Guaçu. O material foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Campinas, onde passará por exames para identificação.
Conhecida carinhosamente como Dona Helena, ela foi vista pela última vez ao sair de sua residência no bairro São Pedro, em Mogi Guaçu, no dia 15 de novembro do ano passado. Desde então, familiares e autoridades não tiveram mais notícias de seu paradeiro. A confirmação de que os restos mortais são dela depende dos exames que serão realizados pelo IML.
Os familiares relataram que a ossada foi descoberta na manhã de quinta-feira, junto com a bolsa de Dona Helena, o que reforça a hipótese de que os ossos sejam dela. A Polícia Civil foi acionada, realizou a perícia no local e manteve a área isolada durante a coleta de provas.
Desde o início das investigações, a Polícia Civil teve dificuldades em avançar no caso. Câmeras de segurança da região registraram poucos detalhes do trajeto de Dona Helena, o que dificultou as apurações. Além disso, rumores indicam que algumas pessoas se recusaram a colaborar, negando-se a fornecer imagens de segurança para os investigadores.
Relatos de populares sugeriram que a merendeira foi vista no terminal de ônibus, mas sem confirmação de seu destino. Cães farejadores foram utilizados em diferentes momentos para tentar localizar seu rastro, mas, apesar de identificarem o cheiro de Helena em algumas áreas, não conseguiram definir uma direção precisa.
Durante os meses de buscas, a família de Dona Helena tentou obter informações em cidades próximas como Holambra, Santo Antônio de Posse, Jaguariúna e Mogi Mirim, mas não encontrou nenhuma pista concreta. Além disso, o celular da idosa foi desligado logo após seu desaparecimento, impossibilitando a localização por meio de sinais de antena.
Problemas de saúde e possíveis causas do desaparecimento: Antes de desaparecer, Dona Helena enfrentava problemas de saúde, incluindo as sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que a deixaram com lapsos de memória e necessidade de medicação controlada. A família acredita que ela possa ter sofrido um surto em decorrência de sua condição e saído de casa sem um destino definido.
Na madrugada do desaparecimento, a cachorrinha de estimação, Nina, acompanhou sua tutora, mas retornou sozinha dois dias depois, visivelmente assustada. Em busca de respostas, as filhas de Dona Helena chegaram a oferecer recompensas em dinheiro para quem pudesse fornecer informações confiáveis sobre o paradeiro da mãe.
A descoberta da ossada na Pedreira Simoso traz uma nova esperança de respostas para os familiares de Dona Helena Jusfrede Ribeiro, após quase um ano de incertezas e dor. No entanto, a confirmação de sua identidade ainda depende dos exames do IML, e a investigação da Polícia Civil continua para esclarecer o que de fato aconteceu com a merendeira. Enquanto isso, a espera e a angústia persistem para a família, que aguarda por um desfecho definitivo sobre o caso.
