Prefeito Dario Saadi fala sobre a ação de vacinação casa a casa contra a febre amarela

Ingridy Porto
Ingridy Porto
Graduanda em Jornalismo pela PUC Campinas, atuo na área de produção do jornal Balanço Geral na Record Campinas e sou editora no site de notícias THMAIS Campinas. Nas horas vagas, qualquer lugar no meio da natureza é bem vindo.
Campinas intensifica vacinação contra a febre amarela em área rural neste final de semana
Foto: Prefeitura de Campinas

O prefeito de Campinas, Dário Saadi, participou de uma ação da Saúde para intensificar a vacinação de casa em casa contra a febre amarela na área rural do Centro de Saúde (CS) Carlos Gomes. A ação aconteceu neste sábado, 8 de fevereiro, e contou com o apoio da Defesa Civil.

Cinco equipes estavam envolvidas nesta atividade. Enquanto uma equipe permaneceu no CS, as outras quatro visitaram os residentes da área rural, incluindo sítios e condomínios de chácaras. Além disso, outras regiões rurais de Campinas, como Joaquim Egídio, Taquaral, São Cristóvão e San Diego também receberam esta ação de vacinação em casa. “Nós já tivemos um caso de febre amarela em Campinas e é preciso que a população toda seja vacinada, principalmente aqueles que vivem mais próximos à zona rural de Campinas”, destacou o prefeito.

Esta estratégia de imunização teve início nesta semana e, por enquanto, participam 26 CSs. Ao menos 40 bairros já foram visitados e o trabalho terá continuidade.

Daiane Morato, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Departamento de Vigilância e Saúde da Prefeitura, ressaltou a relevância da intensificação da vacinação, uma vez que Campinas está classificada como uma região afetada pela febre amarela. A expectativa, segundo ela, é encontrar as pessoas já vacinadas, uma vez que as doses estão disponíveis em todos os centros de saúde.

“Se alguém ainda não estiver vacinado, nossa ação de busca ativa garantirá a imunização no local”, completou. Ela também fez um alerta: “É importante que toda a população residente de Campinas procure um centro de saúde para vacinar, caso não tenha vacina anterior ou tenha dúvida se já é vacinado”.

Durante a ação da Prefeitura, o lavrador Rogério de Carvalho, que não tinha certeza sobre sua vacinação, recebeu a dose. “É um ato de prevenção, não dói. Esta ação é muito importante, pois eles vieram até nós, não precisamos nos deslocar. O importante é tomar a vacina. É uma questão de vida!”, disse.

Já o motorista Danilo Ramos, que havia recebido a dose em 2017, não se lembrava do registro. “A equipe consultou o sistema e confirmou que minha vacina estava em dia. É importante esse trabalho, mesmo com o centro de saúde bem próximo. O importante é que a equipe já veio aqui e já viu que está tudo certo. Graças a Deus estamos protegidos”, contou.

A pasta já havia iniciado a intensificação da vacinação para viajantes ou residentes em áreas rurais, de mata ou com características de floresta desde 20 de janeiro, quando foi encontrado um macaco morto na região do bairro Carlos Gomes que testou positivo para a doença.

Campinas não registrava casos da doença em macacos desde 2019. Estes animais não são transmissores, mas, sim, vítimas. A presença de primatas doentes serve como “alerta” aos órgãos da saúde sobre a circulação do vírus, uma vez que quando contaminados eles dificilmente sobrevivem.

Orientações

A orientação do Programa de Imunização é para que todos os moradores de Campinas, a partir de 9 meses, que ainda não receberam a dose, compareçam aos CSs. Vale destacar, porém, que a vacinação é seletiva, ou seja, as pessoas a partir de 5 anos que já tomaram uma dose ao longo da vida não precisam receber outra. Quem tiver dúvidas sobre já ter recebido ou não a vacina deve procurar um CS.

A intensificação da vacinação contra a febre amarela em áreas de risco também teve público-alvo ampliado a partir de 20 de janeiro. foram incluídas crianças de 6 meses a 8 meses, além de gestantes e mulheres que estejam amamentando.

1ª morte

A Saúde confirmou na quinta, 6, a primeira morte por febre amarela na cidade em 2025. o caso, único desde janeiro, refere-se a um morador de 39 anos que residia em área rural do distrito de Sousas, onde o risco de transmissão da doença é maior.

O último caso humano de febre amarela silvestre contraída em campinas havia sido de um homem em 2017, que esteve na zona rural da área do CS Sousas. O caso daquele ano evoluiu para cura. Já a febre amarela urbana teve o último caso no brasil em 1942.

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