Presidente do Guarani quebra silêncio sobre rebaixamento e aponta mudanças para 2025

Israel Moreira
Israel Moreira
Israel Moreira é jornalista com passagens pelo Correio Popular, Rádio Central e Jovem Pan.
Foto: Raphael Silvestre

Em sua primeira manifestação após o rebaixamento do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro, o presidente Rômulo Amaro reconheceu o momento difícil vivido pelo clube e reforçou a necessidade de mudanças estruturais para 2025. Entre os pontos abordados, ele defendeu a profissionalização da gestão e a adoção do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) como caminhos para superar a crise.

Rômulo Amaro explicou sua ausência na coletiva concedida pelo técnico Allan Aal, que ocorreu logo após o rebaixamento do clube. Segundo o presidente, ele estava na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), participando do sorteio dos grupos do Campeonato Paulista. “Gostaria de agradecer ao Allan Aal pelo pronunciamento que ele fez após o rebaixamento. Foi muito corajoso e teve hombridade em defender o clube. Eu não pude estar presente porque estava na Federação Paulista, a convite do presidente para o Conselho Arbitral”, justificou.

O dirigente ressaltou que o momento exige uma gestão mais profissional e focada em planejamento. Ele destacou que o Guarani é uma instituição acima das individualidades e que mudanças profundas serão realizadas em todos os departamentos. “O Guarani é um CNPJ, não um CPF. É uma instituição que está acima das pessoas. Ninguém é dono do clube. Precisamos atuar dentro de um planejamento profissional. Não há espaço para ego. Isso não cabe mais aqui dentro”, declarou.

Amaro também comentou sobre a proposta de transformação do clube em SAF, considerando-a inevitável no cenário atual do futebol brasileiro. Ele destacou que o estatuto do Guarani ainda não permite a mudança, mas afirmou que o Conselho Deliberativo está trabalhando para viabilizar essa adaptação. “Estamos trabalhando junto ao Conselho para que essa mudança seja aprovada e possamos receber propostas. O futebol vai seguir esse caminho. Será inevitável”, disse.

Entre os projetos para o futuro, Amaro mencionou a construção de uma nova arena e outras iniciativas que visam aumentar a receita do clube. Ele admitiu que a situação financeira do Guarani exige medidas drásticas, com previsão de redução de custos em até 50% para 2025.

A gestão do presidente também enfrenta desafios internos. Com o afastamento de André Marconatto, por motivos de saúde, e a renúncia do vice-presidente Rubens Vicente Júnior, o Conselho de Administração do clube sofre com instabilidade em um momento crítico.

Apesar das dificuldades, Rômulo Amaro reiterou sua confiança na reestruturação do Guarani e pediu o apoio da torcida para atravessar essa fase de transição. “A reestruturação será realizada em todos os departamentos. Vamos atuar com profissionalismo e dedicação para devolver o Guarani ao lugar que merece”, finalizou.

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