O presidente da Ponte Preta, Marco Eberlin, falou com a equipe de esportes da Rádio Central, na tarde desta segunda-feira, 27, onde tratou, entre outros assuntos, sobre a saída do técnico João Brigatti, que pediu o desligamento do clube durante a manhã.
– O João (Brigatti), ainda no começo do campeonato, logo após a derrota diante do Goiás, tinha conversado e achava melhor sair, mas acabei contornando. Agora, da segunda vez, ele tomou a decisão e estava irredutível. Eu não entendo o futebol dessa forma. O João é uma grande pessoa, de um grande caráter e eu tive que aceitar o pedido” – explicou Eberlin.
Eberlin não escondeu a surpresa com o pedido de demissão de João Brigatti, e explicou a busca por um novo treinador com as características do anterior.
– Tem que ser meio João Brigatti, um cara meio louco, que saiba que vai ser extremamente cobrado. um treinador que saiba que vêm para um clube de dimensão gigantesca. Time grande é desse jeito, é cobrado mesmo. Dirigir a Ponte Preta é para poucos. Tem que ter culhão – explicou.
Em poucas horas, o presidente da Macaca chegou a consultar dois nomes. O primeiro foi Lisca, de 51 anos, que teve o seu último trabalho no Vila Nova. O segundo procurado foi Léo Condé, de 50 anos, que está sem clube há pouco mais de duas semanas, quando deixou o Vitória, após início conturbado na Série A.
– Esse (Lisca) eu mesmo fui atrás. Tem perfil para aguentar a cobrança da Ponte Preta, mas por um compromisso com uma equipe do Peru, não pode aceitar. São os dois nomes que eu procurei. Ele (Lisca) e o Léo Condé. O Léo aguarda uma proposta do Japão. O nome de Felipe Conceição jamais foi cogitado. A ideia é colocar um técnico para dirigir a Ponte Preta no domingo – afirmou Eberlin.
Decepção
– Toda vez que tem a saída de um treinador, fico decepcionado. Com o João, mais ainda, porque é um parceiro, além de grande pontepretano. Hoje o meu cansaço são os empresários. Depois que eu pedi para o assessor informar a saída, eu recebi cada telefonema, com cada absurdo, de pessoas insistindo em alguns nomes. Isso desgasta. Vejo o pessoal dando pancada, falando que eu deveria ter um ‘plano B’. Como eu vou ter? Só se eu for um mau-caráter – ressaltou.
Culpados
– Trocar treinador para dar resposta para a torcida e/ou imprensa eu nunca fiz e nem vou fazer. Todo mundo tem culpa em uma derrota, todo mundo é culpado quando a bola não entra: o presidente, os jogadores, o departamento de futebol, e até o João Brigatti, que estava aqui – afirmou o presidente.