“A Polícia do Rio está em concordata”, diz Coronel José Vicente à Novabrasil

Foto: Rede social

A Polícia Federal divulgou um relatório apontando como foi organizada a ação que matou a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. O documento afirma que o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, ajudou a planejar o crime e atrapalhou as investigações. Além de Rivaldo, os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão também foram presos neste domingo(24) pela PF.

Em entrevista à Novabrasil, o Coronel José Vicente, especialista em segurança pública, disse que a Polícia Civil do Rio de Janeiro está em concordata.

“A contaminação está generalizada na Polícia do Rio de Janeiro. Eu disse recentemente que a Polícia Civil do Rio de Janeiro está em concordata, ou seja, quase em falência. Polícia Civil e Militar constituem o braço de força do estado contra o crime. Se esse braço de força está junto com o crime, aí salve-se quem puder”, explicou.

O especialista em segurança pública disse que não se surpreendeu com as informações divulgadas pela Polícia Federal.

“Nós sabemos que o crime está profundamente penetrado na Polícia do Rio de Janeiro, diversos governadores já foram presos, outros membros do Tribunal de Contas do Estado foram presos, deputados foram presos, há uma lista imensa do crime comandando o Estado do Rio de Janeiro. Afinal de contas, o crime foi, como se está sendo observado nessas prisões, penetrado na cúpula dirigente do Estado, nos principais órgãos de poder”.

Na opinião do Coronel, apenas uma mudança drástica e profunda poderia melhorar a cenário das Policiais do Rio de Janeiro.

“Estamos falando de um delegado, chefe da Polícia Civil. É o quarto delegado que é preso, há uma sequência de delegados presos na história por envolvimento com o crime, lavagem de dinheiro, pegando dinheiro para encobrir criminosos. Eu tenho um amigo que conhece profundamente a cena política do Rio de Janeiro e ele falava já há muito tempo que a família Brazão dominava o governo do Rio de Janeiro. Dominava a Assembleia e a partir daí impunha medidas para o governador. Nós sabemos, por exemplo, que a Assembleia, através de toda essa manipulação, impôs as mudanças recentes da cúpula da Polícia Civil”.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA ABAIXO:

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