Em Angola, Lula diz que Bolsonaro tratou continente ‘com indiferença’

Foto: Reprodução TV Brasil

O presidente Lula (PT) disse, durante discurso em Luanda nesta sexta-feira (25), capital da Angola, que o Brasil tratou o continente africano com “indiferença” enquanto o país era governado por Jair Bolsonaro (PL).

O presidente brasileiro ressaltou que Bolsonaro não visitou a África durante os quatro anos de mandato. “Nos últimos anos, lamentavelmente, o Brasil tratou os países africanos com indiferença. Pela primeira vez desde a redemocratização, tivemos um presidente que não fez nenhuma visita à África”.

Lula disse que a visita à Angola marca o retorno da cooperação entre os dois países. “Embaixadas brasileiras foram fechadas no continente e a cooperação foi abandonada. Deixamos de atuar juntos nos fóruns internacionais. Agora, vamos corrigir esses erros e vamos alçar nossa parceria estratégia a um novo patamar”.

O presidente citou programas realizadas em parceria entre os dois países e convidou o presidente de Angola, João Lourenço, a comparecer à reunião do G20 no Rio de Janeiro, em setembro de 2024, quando o Brasil já terá assumido a presidência do bloco.

Após o discurso, Lula e Lourenço fizeram um pronunciamento à imprensa juntos. O brasileiro cobrou que o FMI (Fundo Monetário Internacional) chegue a uma solução sobre a dívida dos países africanos. “Agora vai fazer parte do meu discurso. Os meus amigos do FMI que se preparem. Vou cobrar do FMI, dos países ricos, que transformem a dívida dos países africanos em investimento em obras de infraestrutura”.

Em discurso mais cedo, após troca de honrarias com o presidente angolano, Lula também criticou a concentração de riqueza. “Por mais que a gente lute, a concentração de riqueza vem aumentando. Cada vez mais o 1% tem mais riqueza, e os 50% mais pobres estão cada vez mais pobres. Eu espero que, com essa honraria e medalha no peito, quem sabe alimentado pela inteligência, pensamento revolucionário de Agostinho Neto, eu possa conseguir o intento de convencer a humanidade a se indignar contra a desigualdade”.

Redação

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