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Alergia a sêmen: condição pouco conhecida afeta vida sexual e emocional de mulheres

O tema foi detalhado pela ginecologista Wanuzia Keyla Miranda durante entrevista ao programa Com Você, da TH+ SBT Tambaú, apresentado por Fernandinha Albuquerque

Alergia a sêmen: condição pouco conhecida afeta vida sexual e emocional de mulheres, alerta ginecologista
Foto: TH+ SBT Tambaú

A alergia a sêmen, apesar de pouco discutida, pode afetar de forma significativa a vida sexual, o planejamento reprodutivo e o bem-estar emocional de muitas mulheres. O tema foi detalhado pela ginecologista Wanuzia Keyla Miranda durante entrevista ao programa Com Você, da TH+ SBT Tambaú, apresentado por Fernandinha Albuquerque.

Segundo a especialista, os sintomas típicos incluem ardência, vermelhidão, inchaço e coceira, geralmente surgindo cerca de 30 minutos após a relação sexual desprotegida. Esse intervalo é um indicativo importante para diferenciar a alergia de infecções comuns, como a candidíase.

A ginecologista explica que o diagnóstico pode ser sugerido pelo chamado “teste do preservativo”: se os sintomas surgem apenas após relações sem proteção, e desaparecem quando a camisinha é utilizada, há forte suspeita de hipersensibilidade ao sêmen.

Convivência e impacto na fertilidade

Wanuzia esclarece que a alergia não causa infertilidade diretamente, mas pode dificultar a gravidez porque muitas mulheres só evitam os sintomas usando preservativo ou optando pelo coito interrompido, o que impede a fecundação. Nesses casos, recursos como a fertilização assistida podem possibilitar a gestação.

Entre as alternativas terapêuticas, a médica cita o uso de antihistamínicos, que reduzem os sintomas imediatos, e técnicas de dessensibilização, consideradas mais complexas. Outra opção é a lavagem de espermatozoides para posterior implantação no útero.

Desafios na relação e descrédito do parceiro

A condição também pode gerar conflitos conjugais, já que algumas mulheres podem apresentar alergia apenas ao sêmen de um parceiro específico. “O parceiro, muitas vezes, desacredita da queixa, achando que é ‘moda’ ou exagero”, observou a ginecologista.

Alergia ao látex e outros incômodos

Durante o programa, telespectadoras relataram dúvidas sobre a possibilidade de alergia ao látex do preservativo, o que também é reconhecido na literatura médica. Nesse caso, a troca do método contraceptivo ou do tipo de absorvente íntimo — incluindo modelos de algodão ou internos — pode aliviar desconfortos como ardência, vermelhidão e bolhas.

Menstruação, laqueadura e menopausa

A entrevista também abordou questões frequentes sobre menstruação e ciclos irregulares. Entre os temas comentados:

  • Laqueadura pode, em alguns casos, alterar a irrigação sanguínea dos ovários, repercutindo no ciclo menstrual.
  • Mulheres podem menstruar entre 3 e 7 dias, sendo ambas durações consideradas normais.
  • A partir dos 40 anos, ciclos mais curtos ou fluxos reduzidos podem indicar o início da transição para a menopausa.
  • O aleitamento pode suspender a menstruação, mas não funciona como método contraceptivo, alertou a médica.

A ginecologista reforçou a importância de consultas regulares ao especialista diante de qualquer alteração persistente no ciclo menstrual, desconforto durante relações ou suspeita de alergias íntimas.

Ao final, a especialista lembrou: “Alergia a sêmen existe, não é mito, e deve ser investigada. Observar a sintomatologia e procurar a ginecologista é fundamental para evitar sofrimento e garantir qualidade de vida”.

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