A Guarda Civil Metropolitana de João Pessoa anunciou que irá intensificar a fiscalização na trilha localizada na área da falésia do Cabo Branco, após denúncias de práticas irregulares no local. A ação ganhou repercussão nas redes sociais após imagens mostrarem a presença de resíduos associados ao uso de drogas, prostituição e atos sexuais na área, que deveria ser destinada ao esporte e à apreciação da natureza.
De acordo com a capitã Rebeca, secretária executiva de Segurança Urbana de João Pessoa, a operação realizada no último sábado ocorreu após uma série de denúncias feitas por atletas, moradores da região e até turistas. “Chegamos ao local e constatamos que não se trata de um ponto qualquer. Estamos a cerca de 200 metros da Estação Cabo Branco, área que será o Centro Internacional de Computação Quântica. Não podemos permitir que esse espaço, um dos mais importantes pontos turísticos da cidade, se transforme em área para a prática de crimes”, afirmou.
A capitã também destacou que parte do debate público sobre o caso foi distorcida. “Me estranhou muito que alguns veículos tenham apontado que se tratava de um casal homoafetivo. Se fosse um casal heterossexual, continuaria sendo um ato indevido, porque estamos falando de um local frequentado por famílias e crianças. O foco aqui é a prática irregular, não a orientação sexual”, ressaltou.
Problemas estruturais prejudicam fiscalização
Durante a vistoria, a equipe constatou problemas na estrutura que deveria proteger a área de preservação. A cerca de contenção apresenta diversas aberturas ao longo da trilha, facilitando o acesso irregular. A precariedade, segundo a capitã, dificulta o trabalho de vigilância.
A Prefeitura deve acionar outros órgãos municipais para reforçar a manutenção do parque. A ILUM (responsável pela iluminação) e a Emlur (responsável pela limpeza urbana) já foram mobilizadas. “Encontramos o local em situação de imundície, por isso solicitamos uma força-tarefa de limpeza. Com o espaço adequado, fica mais fácil preservar a área e garantir o uso correto pelos cidadãos”, explicou Rebeca.
Rondas serão contínuas
A Guarda Municipal recebeu ordem para manter rondas diurnas e noturnas na trilha, e o Batalhão de Turismo da Polícia Militar também foi acionado para reforçar a presença na região. O objetivo é coibir práticas ilícitas e orientar frequentadores.
“A trilha do Extremo Oriente é um patrimônio natural que deve ser utilizado para esporte, lazer e contemplação. A lei é clara: não importa quem seja o autor, práticas ilícitas não serão toleradas”, afirmou a capitã.
Repercussão
A operação gerou grande repercussão após imagens mostrarem camisinhas, embalagens e outros resíduos espalhados na mata. Moradores afirmam que a situação não é recente, mas que só agora o problema começou a receber mais atenção.
Com a intensificação das ações, a Guarda Municipal espera devolver o espaço ao uso adequado, garantindo que a trilha permaneça como um ponto seguro e adequado para atividades ao ar livre.



