A posse do novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano, realizada nesta semana em Brasília, ampliou as articulações políticas envolvendo a Paraíba e gerou repercussões no cenário estadual e nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse ao paraibano em uma solenidade prestigiada, com presença de ministros, parlamentares e lideranças políticas. Este foi um dos temas do Trocando em Miúdos do Manhã TH+ desta quarta-feira (21).
Filho do deputado Damião Feliciano e da ex-vice-governadora Lígia Feliciano, Gustavo Feliciano assume o ministério em um contexto de reorganização da base aliada na Paraíba. A cerimônia reuniu o governador João Azevêdo, o vice-governador Lucas Ribeiro, os deputados Hugo Motta e Agnaldo Ribeiro, além de outras autoridades. A presença maciça de lideranças reforçou o peso político do evento.
Durante os discursos, Hugo Motta destacou a escolha de um nome jovem e com experiência na área do turismo. Já o novo ministro defendeu um turismo inclusivo, com geração de emprego, renda e acesso ampliado aos destinos brasileiros. “Turismo não pode ser só de rico. Turismo tem que ser de todos”, afirmou.
Nos bastidores, a posse sinalizou uma mudança de acesso político ao Ministério do Turismo. Lideranças governistas passaram a concentrar maior interlocução, enquanto nomes da oposição ficaram fora do evento. O fato alimentou análises sobre o reposicionamento do ministério em relação à Paraíba.
Uma fotografia registrada após a cerimônia ganhou destaque político. Nela, aparecem o presidente Lula, o governador João Azevêdo, o vice Lucas Ribeiro e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley. O registro reservou interpretações sobre a possível formação de uma chapa governista para as eleições de 2026, especialmente para o Senado. A leitura predominante aponta para a ampliação do diálogo, sem exclusão imediata de aliados históricos, como o senador Veneziano Vital do Rêgo.
No campo jurídico, a Operação Calvário voltou ao centro do debate. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, solicitou informações ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba após recurso do ex-governador Ricardo Coutinho, que pediu o trancamento da ação principal. O presidente do TRE-PB, desembargador Osvaldo Trigueiro do Vale, respondeu que a denúncia não se baseou apenas em delações, mas também em gravações, documentos, recibos e movimentações financeiras. O processo segue sem definição após seis anos.
No cenário municipal, a política de Cabedelo começou a se movimentar para a eleição suplementar marcada para 12 de abril. O PL confirmou Walber Virgolino como candidato a prefeito, com coordenação do ex-ministro Marcelo Queiroga. O ex-prefeito André Coutinho, que perdeu o mandato por decisão da Justiça Eleitoral, publicou mensagem enigmática ao lado da ex-vice-prefeita Camila Holanda. Como ela não ficou inelegível, cresce a expectativa de que possa liderar o grupo político na disputa.



