Nogueira: “a previsão é entregar a Nove de Julho concluída até dezembro de 2024”

Fala ocorreu durante ação promovida pela prefeitura de Ribeirão Preto na avenida em obras, nesta quinta-feira (25)

Avenida Nove de Julho, em Ribeirão Preto | Foto: Melo de Carvalho

Durante ação realizada pela prefeitura de Ribeirão Preto na avenida Nove de Julho, nesta quinta-feira (25), Duarte Nogueira (PSDB) anunciou que “a previsão é entregar a Nove de Julho concluída até dezembro de 2024”.

As obras estão paralisadas desde dezembro do último ano. À época, a paralisação foi consequência do rompimento do contrato da construtora Metropolitana com a administração municipal. A construtora não cumpriu o que foi estipulado em contrato, e entregou apenas 8% da obra quando o previsto para o período era 40%.

Diante do término do contrato com a vencedora da licitação do restauro da avenida centenária, a empresa segunda colocada no certame, RUAL Construções e Comércio S.A, foi convocada oficialmente pela administração, mas desistiu de assumir as obras sem justificar o motivo.

Em março de 2024, a prefeitura homologou uma nova licitação para executar o remanescente da obra de revitalização e implantação do corredor de ônibus na Avenida Nove de Julho. Na segunda tentativa de negócio, a vencedora da vez foi a Era-Técnica Engenharia Construções e Serviços Ltda, com proposta superior a R$ 32 milhões. A ordem de serviço foi assinada em 09 de abril.

“A primeira etapa é concluir esse primeiro trecho entre as ruas São José e Garibaldi. A previsão é entregar a Nove de Julho concluída até dezembro de 2024”, disse o prefeito.

Ainda conforme estipulado pelo prefeito, a primeira etapa deve ser entregue até o dia 20 de maio. Depois, os trabalhos serão direcionados para o trecho entre a São José e Cerqueira César. Uma segunda frente de serviço deve ser iniciada ainda em maio, com as obras de implantação das galerias de água.

Obra está travada desde dezembro de 2023 e já teve desistência de construtora | Foto: Melo de Carvalho

Varejo em tom de cobrança

A fala de Nogueira ocorre três dias após a divulgação de um novo documento com propostas para minimizar os impactos da reforma no comércio. O texto foi assinado pelo Comitê de Acompanhamento, formado por entidades da classe varejista, sendo divulgado nesta segunda-feira (22).

Em seus artigos, o documento relembra as datas sazonais restantes para 2024 e cobra atenção da administração municipal em pontos que variam desde a comunicação com lojistas até medidas de segurança e trânsito.

“O Comitê de Acompanhamento renova, neste documento, a proposta de Plano de Ação para minimizar prejuízos ao comércio, com foco na av. Nove de Julho entregue ao senhor em janeiro de 2024. E, ainda, apresenta novas sugestões considerando o atual cenário”, diz a introdução do texto, divulgado também nesta segunda-feira.

Entre as medidas determinadas pelo Comitê, cobra-se a comunicação de interdições com máxima antecedência para que os lojistas afetados possam se programar e buscar alternativas para a venda. “Ao longo de 2023, a maioria das interdições foi divulgada em cima da hora. Em alguns casos, poucas horas antes de serem efetuadas”, justifica.

Destaca-se ainda a criação e regulamentação de um bolsão de estacionamento rotativo. “Um dos objetivos é que o modelo de bolsão sirva como protocolo operacional para quando ocorrerem as futuras interdições”, indica o documento.

Ainda sobre a mobilidade e o trânsito de veículos, solicita-se no documento a liberação, “pelo tempo que for possível”, nos cruzamentos entre a Av. Nove de Julho, Marcondes Salgado e São José. Os bloqueios devem ocorrer somente quando necessário. “Esse fluxo liberado tem ajudado muito os comerciantes”, aponta.

Em seus pontos, o Comitê pede ainda ações periódicas de limpeza, roçada e zeladoria na Nove de Julho, de forma a manter o ambiente “mais seguro e atrativo para consumidores”. Melhorias e adequações nas sinalizações no trânsito da região também são solicitadas.

Por mais, cobra ainda a divulgação de medição mensal dos trabalhos executados na avenida e o status da obra realizada até aquele momento, além da adesão da Guarda Civil Municipal ao projeto “Vizinhança Solidária”.

“Certo de que o bom senso prevalecerá e de que essas propostas sejam acolhidas pela prefeitura”, finaliza o documento.

Para conferir o material completo, clique aqui.

Comércio em estado de abandono | Foto: Melo de Carvalho

História da Nove

A avenida Nove de Julho, trecho entre as ruas Tibiriçá e São José, foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1922, com o nome de Av. Independência, escolhido para homenagear o Centenário da Independência do Brasil.

O projeto da avenida foi idealizado pelo prefeito municipal da época, João Rodrigues Guião, em 1921. Também foi inaugurado o obelisco comemorativo no entroncamento da então Av. Independência com a rua Tibiriçá. Posteriormente, o obelisco foi transferido para a confluência das atuais avenidas Nove de Julho e Independência.

Em 1934, a avenida passou a denominar-se Nove de Julho, sendo uma homenagem à data de Nove de Julho de 1932, quando foi deflagrada a Revolução Constitucionalista, um movimento em prol da elaboração de uma Constituição para o Brasil.

No ano de 1949, durante o governo do prefeito municipal José de Magalhães, foram iniciados os estudos para o prolongamento da avenida Nove de Julho entre as ruas Sete de Setembro e a atual Avenida Independência.

Ainda no ano de 1949, a avenida Nove de Julho foi calçada com paralelepípedos entre as ruas Barão do Amazonas e Cerqueira César, além de receber o plantio de 40 árvores da espécie sibipiruna.

Durante a década de 1960, a avenida abrigou algumas das principais mansões de propriedade da elite econômica da cidade; posteriormente, em função de sua posição privilegiada (vetor sul da cidade), consolidou-se como um importante setor bancário.

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