Absolvição | Justiça determina internação de mulher que matou filha grávida de sete meses

O órgão julgador entendeu que Alda Maria Poggi Pereira não tinha condições de entender o crime que estava cometendo, pois teve um surto psicótico

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Grávida de 7 meses, Ligia Poggi Pereira foi morta a facadas em junho de 2016 Foto: Arquivo pessoal

A justiça absolveu, nesta quarta-feira (11), uma mãe acusada de matar a filha grávida de sete meses a facadas, em Ribeirão. Na sentença, proferida pela 1ª Vara do Júri e Execuções Criminais, Alda Maria Poggi Pereira foi obrigada a se submeter a um tratamento médico hospitalar.

Isso porque o órgão julgador entendeu como apropriado os argumentos da defesa, também acompanhado pelo Ministério Público, de que a mulher não tinha condições de entender o crime que estava cometendo, pois, segundo eles, a ação foi motivada por um surto psicótico.

Diante desse quadro, tecnicamente chamado de absolvição imprópria, ela terá que ser internada em um hospital de custódia, por no mínimo um ano. Contudo, há cinco anos, ou seja, desde que o fato ocorreu, Alda já se encontra internada para se submeter a tratamento.

No entendimento de Daniel Rondi, advogado de Poggi, a partir da decisão fez-se justiça. “Apesar de termos um sentimento de que justiça é apenas cadeia, para as pessoas que precisam de tratamento médico essa é a medida prevista em lei”, diz.

A partir de agora, o processo se encerra, a menos que algumas das partes envolvidas recorram da decisão. Caso a intenção de cometer o crime fosse identificada e a possibilidade de surto fosse afastada, a acusada iria à Júri popular.

O que aconteceu?

Alda Maria Poggi matou a filha em 2016 Foto: Arquivo pessoal

Em junho de 2016, Alda Maria Poggi matou a filha, Ligia Poggi Pereira, que estava grávida de sete meses a facadas. A vítima estava dormindo no momento do ataque. À vítima chegou a ser atendida no Hospital São Paulo, mas não resistiu.

Os médicos também tentaram salvar a criança, por meio de uma cesária, mas não tiveram sucesso no procedimento. Além disso, outra criança de quatro anos foi atacada, mas, apesar de ter sido atingida com um golpe no pescoço, sobreviveu ao ataque.

Após as ações, a mulher chamou um vizinho que foi até a residência. Quando ele chegou lá, ela começou a pressionar uma faca no pescoço. Contudo, ela foi imobilizada e a Polícia Militar acionada.

Em razão dos fatos ela foi presa em flagrante e indiciada por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.