Antecipação do 13º pelo INSS injeta 52% a mais em 2024, indica levantamento

Levantamento do IEMB-Acirp estima entrada de R$170 milhões na economia de abril e maio por conta de valores destinados a aposentados e pensionistas

IEMB-Acirp estima que injeção do 13º antecipado de pensionistas e aposentados deve movimentar um valor líquido de consumo de aproximadamente R$ 126,7 milhões em Ribeirão Preto este ano / Foto: Canva

O Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) estima que a antecipação do 13° salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve inietar entre abril e maio um montante bruto de R$170.462.288,00 na economia da cidade.

O valor, calculado com base em dados do Ministério da Previdência Social, é 52 superior ao registrado no ano passado (cerca de R$ 112,3 milhões). Segundo Lucas Ribeiro, analista do IEMB, o aumento do valor total é um reflexo do crescimento de 7 do salário-mínimo e de 42 no número de contemplados pelo INSS.

A projeção considerou como piso previdenciário o salário-mínimo líquido já reajustado, que é de R$1.412,00. A plataforma do ministério aponta que Ribeirão tem hoje 120.724 aposentados e pensionistas que serão contemplados pelo Decreto Lei n° 11.947/ 2024.

A legislação em questão prevê o adiantamento e pagamento das duas parcelas do 13° salário para os beneficiários deste grupo, uma em abril (que deve injetar em Ribeirão um valor de R$85.231.144,00) e outra em maio (com mais R$72.412.379,00 para economia)
Lembrando que na segunda parcela ocorre dedução do Imposto de Renda nos casos em que cabem tributações e que apenas quem recebe o piso mínimo tem isenção.

Impacto no Comércio

O IEMB-Acirp projeta que do montante líquido injetado pelo adiantamento do 13° do INSS, R$126.693.370,89 sejam revertidos em gastos com impacto no comércio e serviços da cidade.

O estudo considerou uma propensão marginal a consumir de 0,8. A propensão marginal a consumir representa a fração da renda que é destinada para consumo.

“No caso de Ribeirão Preto, em média, a população gasta 80 da renda com o consumo de bens e serviços, enquanto poupa 20 da renda. E importante entender que dívidas contraídas representam a obrigação de liquidar uma aquisição de algum produto ou serviço e, portanto, dívidas são contempladas na fração de consumo”, pondera Ribeiro.

**Texto de Acirp