Casos de dengue seguem em alta e já superam os números do mesmo período de 2022

Em Ribeirão Preto, o número de casos confirmados em janeiro de 2023 já supera em quase 3 vezes os do mesmo mês em 2022, ano no qual a doença registrou aumento no país inteiro

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O delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, o ministro da Educação, Milton Ribeiro e o presidente do INEP, Danilo Dupas, durante balanço do primeiro dia de provas do ENEM 2021

As altas temperaturas típicas do verão e as chuvas acima da média para o período que estamos vendo este ano, criam um ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em Ribeirão Preto, 2023 começou com os números de novos casos confirmados de dengue em alta.

Em janeiro de 2023, foram 960 casos suspeitos notificados, 151 confirmados e somente 47 descartados, ou seja, o número de confirmados pode aumentar ainda mais. No mês anterior, dezembro de 2022, 70 casos foram confirmados. E quando comparamos o primeiro mês de 2023 com o primeiro de 2022, o número é quase 184% maior, de acordo com o Painel Epidemiológico das Arboviroses em Ribeirão Preto.

É preciso estar atento, além dos cuidados diários para evitar a proliferação do mosquito — que incluem cuidados simples na rotina, evitando condições propícias ao desenvolvimento do mosquito como água parada em telhados, calhas, garrafas e pneus e caixas d’agua e reservatórios de água sem tampa – é preciso estar atento aos primeiros sinais e sintomas, que incluem: febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

Esses sintomas se assemelham aos da zika e chikungunya, também transmitida pelo aedes e em alguns casos pode se assemelhar aos sintomas de COVID-19. O que pode confundir e acarretar em tratamento errado com automedicação, demora no diagnóstico e consequentemente atraso no início do tratamento adequado.

“A medicina diagnóstica desempenha um papel fundamental, ao proporcionar exames com laudos precisos para a definição diagnóstica com segurança, para que o médico defina e conduza o tratamento de forma resolutiva, com assistência e manejo clínico adequados”, explica a gestora regional do Grupo Sabin em Ribeirão Preto, a médica hematologista Maria do Carmo Favarin.

“Hoje o exame de antígeno NS1, ideal para o diagnóstico nos primeiros cinco dias de sintomas, fornece o resultado em até um dia. A pesquisa de anticorpos IgG e IgM, realizada para casos com mais de 5 dias de sintomas, com resultado em até dois dias. E ainda, o Combo PCR que possibita realizar em um único exame o diagnóstico das três doenças disseminadas pelo aedes, dengue, zyka e chikungunya com resultado em até quatro dias”, explica a médica.

“O cenário é bastante preocupante, segundo informações do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil fechou 2022 com 1,4 milhão de casos prováveis e mais de mil mortes por dengue, o maior número de mortes em seis anos. Só aqui em Ribeirão Preto foram 7.464 casos confirmados ao longo de 2022 e o cenário de 2023 não apresenta sinais de melhora” ressalta Favarin.

Buscar um médico o mais rápido possível, sempre que se observar algum sintoma é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e o tratamento adequado. Só por meio de exames laboratoriais é possível determinar qual é a doença para assim realizar com assertividade o tratamento.