Comércio de Ribeirão Preto projeta alta de até 6% nas vendas de Páscoa

O levantamento é do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV SINCOVARP/CDL); 68% dos consumidores ribeirão-pretanos pretendem ir às compras na sexta data mais importante do calendário varejista

25% dos consumidores de Ribeirão farão compras de última hora
Movimento de pessoas no calçadão, principal ponto de comércio da cidade - Foto: Guilherme Sircili

O Comércio Varejista de Ribeirão Preto projeta crescimento médio de 4% a 6% nas vendas da Páscoa desse ano em relação ao mesmo período de 2023. É o que aponta o levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido por SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região) e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas).

“Nesse primeiro trimestre, que termina exatamente no domingo (31), a aparente estabilidade da inflação e a redução da taxa de juros estimularam as compras de ovos de chocolate, principalmente para as crianças. Avaliamos que as vendas de março terão dois impactos positivos principais: as promoções alusivas ao Dia do Consumidor (15) e a própria Páscoa. O impacto negativo deve ser por conta das obras de mobilidade que continuam dificultando o acesso de consumidores em algumas regiões da cidade, em especial o Centro e a Av. Nove de Julho”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.

Em nível Brasil, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), estima crescimento médio de 4,5% nas vendas de Páscoa de 2024, com projeção de movimentação de R$ 3,44 bilhões. Os maiores volumes de vendas tendem a se concentrar em São Paulo (R$ 948,08 milhões), Minas Gerais (R$ 352,57 milhões), Rio de Janeiro (R$ 243,19 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 194,18 milhões). Juntas, esses estados responderão por 51% do volume financeiro a ser gerado pela Páscoa desse ano.

Intenção de compra

Com base em números da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)/SPC Brasil/Offerwise Pesquisas, o CPV apurou que, na Páscoa desse ano, 68% dos consumidores ribeirão-pretanos pretendem ir às compras, índice um pouco acima da média nacional estimada em 65%.

Os filhos (60%) serão os principais presenteados, em seguida, os cônjuges (41%), mãe (38%), sobrinhos (30%) e para próprio comprador (27%). O ticket médio ficará em torno de R$ 237 com as compras de Páscoa (sendo maior entre as classes A/B, R$ 295), com intenção de adquirir em média cinco produtos.

Os campeões de vendas serão os ovos de chocolate industrializados (53%), seguidos por bombons industrializados (48%), ovos de Páscoa caseiros/artesanais (41%), barras de chocolate industrializados (32%) e bombons e barras de chocolate caseiros/artesanais (31%).

As lojas físicas se destacam na preferência dos consumidores tanto na hora de fazer pesquisa de preço, quanto no momento da compra. Oito em cada dez consumidores pretendem pesquisar preços presencialmente (83%), com destaque para os supermercados (62%). Enquanto 67% farão pesquisa em lojas online, principalmente em sites ou aplicativos na internet (46%) e em aplicativos de ofertas (33%).

Na hora de comprar essa diferença é ainda maior uma vez que 94% têm intenção de realizar as compras em lojas físicas, com destaque para os supermercados (54%), lojas especializadas em chocolates (48%) e lojas de grandes varejistas (41%). Já 14% pretendem fazer as compras pela internet, sendo que 80% pretendem comprar em sites, 67% em aplicativos e 42% pelo Instagram.

Mais da metade dos consumidores (54%) acham que os preços dos produtos estão mais caros este ano frente ao ano passado, 23% que estão na mesma faixa de preço e 13% que estão mais baratos.

Como era de se esperar, 39% dos consumidores optaram por fazerem suas compras agora na semana da Páscoa, em especial nos últimos dias. Os principais fatores que influenciam na escolha dos locais de compra são a qualidade dos produtos (45%), o preço (40%) e as promoções e os descontos (34%).

Indicadores complementares

A importação de produtos típicos é outro importante indicador da expectativa do Varejo para a Páscoa. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, apurados pela CNC (Confederação a qual os sindicatos patronais de comércio varejista são conectados), a quantidade importada de chocolates neste ano (3,35 mil toneladas), avançou 21,4% em relação ao ano passado. Praticamente igualou às compras de 2019 (3,40 mil toneladas). Outro produto tipicamente importado nessa época do ano, o bacalhau, teve avanço ainda mais significativo (+69,9% nas quantidades importadas frente a Páscoa de 2023). O total importado foi um recorde para o período desde o início do levantamento em 1997.

A valorização do real ao longo do último ano compensou parcialmente a alta dos preços internacionais desses produtos. A taxa de câmbio, que às vésperas da Páscoa de 2023 se situava em 5,20 R$/US$, atualmente se encontra abaixo dos R$ 5,00 – um recuo de quase 4,3%. No mesmo intervalo de tempo, os preços médios de importação tanto de chocolates quanto de bacalhau recuaram 4,1% e 11,4%, respectivamente). Pelo segundo ano consecutivo, a cesta de bens e serviços composta por oito itens deverá sofrer reajuste acima da inflação. Puxado pela alta no preço do azeite de oliva (+45,7%), os itens relacionados a essa data deverão estar 5,2% mais caros que no mesmo período de 2023 – menor alta desde 2020 (+4,2%). Entretanto, os itens com maior demanda sazonal nessa época do ano tendem a ser reajustados abaixo da inflação. São os casos dos chocolates (+2,4%), bacalhau (-3,2%) e pescados em geral (+4,7%).

Números da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), confirmam a expectativa positiva para as vendas de Páscoa. Segundo a entidade, a produção voltada à data está 17% maior em 2024 na comparação com o ano passado. A estimativa é de 58 milhões de unidades destinadas ao Varejo. Em 2023, o crescimento da produção foi de 21% em relação a 2022.

HORÁRIO ESPECIAL

Comércio Tradicional:

Sábado (30), abertura facultativa até as 18h.

Domingo (31), fechado.

Shoppings:

Sexta-feira (29), abre das 14h às 20h.

Sábado (30), abre das 10h às 22h.

Domingo (31), abre das 14h às 20h.