“Esse cara é um policial”: Pai de Mazzuca fala sobre o assassinato do filho e revela detalhes inéditos

EXCLUSIVO: Segundo o familiar, um agente policial pode estar envolvido no fuzilamento do empresário, ocorrido em 2022

Luiz Cláudio foi entrevistado pelo jornalista Chico Ferreira | Foto: Reprodução TH+ TV

Foi durante o programa Entrevista, apresentado pelo jornalista Chico Ferreira, que Luiz Cláudio Mazzuca, pai de Mazzuca Filho, contou detalhes inéditos a respeito do assassinato do jovem de 35 anos, em setembro de 2022. Clique aqui e assista na íntegra. 

Conforme relatado durante o bate-papo exclusivo, Luiz Cláudio Mazzuca acredita no envolvimento de um agente policial no homicídio do empresário. 

“Olha como aquele cara desce do carro. Era uma pessoa que sabia o que estava fazendo, era treinada para aquilo. O carro ainda estava em movimento, mas ele sai certinho. Ele dá os passos como se fosse um ballet. Ele sabe o que está fazendo”, argumentou o pai a respeito do homem armado com um fuzil. “Esse cara é um policial”, conclui o familiar. 

Sobre o processo de investigação do crime e o arquivamento consequente, Luiz Cláudio interpretou o descaso das autoridades pelo ocorrido após ser ignorado, mesmo depois de consultar o Palácio da Justiça e ter recebido compromisso verbal da diretora competente. 

“Me dá a impressão que alguém de cima chegou e falou ‘deixa isso quieto. Vamos deixar a coisa diluir para morrer no esquecimento’. Essa é a impressão que me passa”, argumentou Luiz Cláudio. 

A conclusão foi tomada após uma visita do familiar no Palácio da Justiça, em São Paulo. Durante conversa com autoridade identificada pelo próprio como diretora Ivalda, Luiz afirma ter recebido a promessa da investigação, porém nunca mais conseguiu qualquer contato com a autoridade, mesmo com tratativas do Secretário estadual Derrite, da Segurança Pública. 

“Eu acredito que alguém chegou nela e disse – deixa isso quieto”, continuou o pai do empresário. “Até hoje, ninguém abre o bico. Quem sabe, está quieto”, concluiu. 

Sob a lua minguante

Mazzuca Filho deixava uma academia da zona sul da cidade quando, após entrar em um Porsche azul, foi fuzilado e morto com 35 tiros. Os sujeitos armados fugiram em seguida em um carro branco – o mesmo utilizado para a condução do grupo ao local – e nunca mais foram vistos.

O crime aconteceu por volta das 22 horas do dia 29 de setembro de 2022, na Rua Manoel Lopes Velludo. O empresário entrou no carro e, enquanto dava início a manobra para saída da academia, foi alvejado. 

Segundo conclusão da perícia, as armas tinham calibre 556 e 9mm. Mazzuca morreu na hora.

Uma funcionária da academia que deixava o local no momento também foi atingida por um tiro no braço e outro de 9mm no quadril. Ela foi socorrida para o Hospital das Clínicas Unidade de Emergência, sendo liberada com a saúde estável pouco depois.

No Porsche tocado pela vítima no momento do crime, uma Glock foi encontrada sobre o banco do passageiro. A arma era regular e licenciada.

Outro lado

Na íntegra, confira a nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo a respeito das citações:

“O caso foi investigado por meio de inquérito policial instaurado na 3ª Delegacia de Homicídios da DEIC de Ribeirão Preto já relatado e encaminhado à Justiça em novembro de 2024.  A equipe da unidade realizou diversas diligências investigativas, contudo, a autoria do crime não foi identificada. Embora o inquérito tenha sido arquivado por decisão do Poder Judiciário, a autoridade policial permanece à disposição para adotar as providências cabíveis, caso surjam novas informações que contribuam para a identificação do autor do crime e elucidação dos fatos”.

O promotor Marcus Túlio, também citado durante a entrevista, disse ao jornalismo do TH+ Portal que “o caso foi arquivado porque a polícia não conseguiu apurar a autoria do crime, e a minha promoção de arquivamento foi homologada pela justiça. E ele (pai) com certeza foi intimado dela, e não apresentou recurso à PGJ como instância revisora”. 

Ainda conforme justificado, “esse tipo de caso nunca está fechado definitivamente. Se aparecerem fatos novos, que indiquem a autoria do crime, o caso pode ser reaberto”.

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