Exposição “Vitor Maciel e as cores do Brasil” engrandece a cultura e a arte nacional

Foto: Larissa Navarro

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebe, a partir desta segunda-feira (22) até o dia 2 de junho, a exposição “Vitor Maciel e as cores do Brasil”. A mostra ocorre no Espaço V Centenário da Alesp, com apoio do mandato do deputado Rafael Silva (PSD), e conta com obras acessíveis para pessoas com deficiência visual, por meio da leitura de QR Codes, que desbloqueiam a audiodescrição dos quadros.

Sobre esse aspecto, o autor da exposição, Vitor Maciel, comenta: “Há alguns anos, em Ribeirão Preto, fiz um trabalho de audiodescrição de mais de 70 obras de Cândido Portinari. Naquele momento, percebi o valor da acessibilidade nas obras de arte e aplico este conceito sempre que posso”.

Valorização da arte nacional e a importância da curadoria

Vitor Maciel é um artista plástico e jornalista, que, por anos de estudos das artes nacionais e internacionais, decidiu, sob uma ótica sociológica, propor em suas obras a valorização da cultura brasileira em comparação às pinturas tradicionais europeias. Além disso, o autor acredita que a curadoria é um aspecto pouco valorizado no cenário artístico brasileiro, mas que possui extrema importância.

“A exposição trata, acima de tudo, sobre a importância da curadoria na arte e na educação. Minhas principais inspirações foram: Emmanuel Araújo, o primeiro curador a fazer a compilação dos artistas negros invisibilisados no século passado; e Jaider Esbell, que, há dois anos, pouco antes de seu falecimento, realizou uma bienal com vários indígenas, apresentando arte contemporânea de autoria dos povos originários”, comentou, destacando ainda que, na exposição, há quadros em homenagem às figuras citadas.

As obras selecionadas por Vitor para a exposição denotam exatamente o que o artista quer passar. O contraste entre seu quadro baseado em Michelangelo na Capela Sistina e as telas que retratam o povo brasileiro em sua raiz, com pessoas de todas as idades, classes e cores em situações cotidianas, marca o crescimento e reconhecimento da arte contemporânea nacional.

“Os nossos povos têm total competência para tratar de todos os assuntos possíveis através da arte. Sobre isso, a curadoria ajuda o artista a ter consciência do seu papel na sociedade. E aqui na Alesp tive a oportunidade de ver uma curadoria muito democrática, não havendo preocupação com o mercado, mas sim com a livre exposição das ideias dos artistas, permitindo, assim, exposições fantásticas e livres para todos”, declarou Vitor.

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