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Fila de espera por transplante de rim cresce no Brasil: doença renal crônica é a principal causa

O nefrologista Dr. Henrique Carrascossi destaca a importância da conscientização para transformar essa realidade

Foto: Arquivo

O rim é o órgão com maior fila de espera por transplante no Brasil. De acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB), mais de 37 mil pessoas aguardam um novo rim no país, número que representa a maior demanda entre todos os tipos de transplantes.

 A principal causa dessa realidade é a Doença Renal Crônica (DRC), condição progressiva que compromete a função dos rins e pode levar à necessidade de diálise ou transplante.

A DRC é caracterizada pela perda gradual da capacidade dos rins de filtrar o sangue, removendo toxinas e excesso de líquidos do organismo. 

Segundo o nefrologista Dr. Henrique Carrascossi, o problema é silencioso e muitas vezes diagnosticado apenas em estágios avançados. “Muitos pacientes não percebem os primeiros sinais da doença, pois os rins conseguem compensar a perda de função por um longo período. Quando os sintomas aparecem, como inchaço, fadiga e pressão alta, o comprometimento já pode ser significativo”, explica o especialista.

Entre as principais causas da DRC estão a hipertensão arterial e o diabetes, duas doenças crônicas altamente prevalentes na população brasileira. “A pressão alta e o diabetes podem danificar os vasos sanguíneos dos rins ao longo dos anos, prejudicando sua função. O controle rigoroso dessas condições é essencial para prevenir complicações renais”, alerta Dr. Carrascossi.

Estima-se que cerca de 10% da população mundial sofra com algum grau de doença renal, mas muitos desconhecem o problema. Além das doenças crônicas, o uso excessivo de anti-inflamatórios e outras medicações sem prescrição médica também pode impactar negativamente a saúde renal. “Os anti-inflamatórios são grandes vilões para os rins quando usados sem orientação. Pessoas que fazem uso frequente desses medicamentos devem sempre buscar aconselhamento médico para evitar danos irreversíveis”, destaca o nefrologista.

O tratamento da DRC depende do estágio da doença. Nos primeiros níveis, medidas como controle alimentar, uso adequado de medicamentos e acompanhamento médico são suficientes para retardar a progressão do quadro. No entanto, quando a doença atinge estágios mais avançados, pode ser necessário recorrer à diálise, um procedimento que substitui temporariamente a função dos rins. Para muitos pacientes, o transplante renal é a melhor opção, pois oferece maior qualidade de vida e aumenta a sobrevida.

“A conscientização sobre a Doença Renal Crônica e a doação de órgãos são fundamentais para mudar esse cenário. Ainda há um grande tabu em relação à doação, e muitas pessoas na fila de espera poderiam ter uma nova chance de vida se houvesse mais doadores”, reforça Dr. Carrascossi.

Para prevenir a doença e reduzir o número de pessoas que dependem do transplante, especialistas recomendam hábitos saudáveis, como ingestão adequada de água, alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e acompanhamento médico para controle de fatores de risco. “Os rins são essenciais para o funcionamento do organismo, mas só lembramos deles quando começam a falhar. Pequenos cuidados diários podem fazer toda a diferença para evitar problemas futuros”, conclui o médico.

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