João Cunha tem morte cerebral após sofrer AVC em Ribeirão Preto

Foto: João Cunha, deputado constituinte - Foto: Rede social

O advogado e ex-deputado federal constituinte João Cunha, 81, está internado no Hospital Unimed depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC)*, no início da tarde da última quinta-feira (12), em sua casa, em Ribeirão Preto. Por conta do AVC, ele teve uma queda e, mesmo consciente, foi levado ao hospital, onde o rompimento de uma veia cerebral foi confirmado. Ele teve morte cerebral confirmada pelos médicos, mas o atestado só será fornecido depois da realização de mais testes.

“Ele estava bem, tinha acabado de almoçar. Houve o rompimento de uma veia cerebral (…) ele é uma pessoa que toma anticoagulante, o remédio não permite a coagulação, ele fica sangrando internamente, sem parar, o que tornou o quadro muito complicado”, disse André Cunha, filho do ex-deputado.

Segundo o Hospital Unimed, Cunha “deu entrada no dia 12 de novembro de 2020 e encontra-se internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo, sob o acompanhamento de equipe médica especializada. A família está acompanhando o paciente e tem recebido todas as informações da evolução de seu estado de saúde”. O hospital não confirmou oficialmente a informação sobre a morte cerebral.

Repercussão

Pelas redes sociais, a filha de João Cunha, Patrícia, chegou a negar a informação da morte cerebral do pai.

A reportagem do Grupo Thathi, entretanto, confirmou os fatos com profissionais que tiveram acesso a detalhes do caso e, infelizmente, mantém as informações já divulgadas anteriormente.

Carreira

João Orlando Duarte da Cunha, formado em Direito pela Faculdade de Direito Laudo Ferreira Camargo, foi vereador em Ribeirão Preto, deputado estadual e deputado federal. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte em 1988 e foi quem proferiu o voto decisivo para sacramentar eleição de Tancredo Neves como o primeiro Presidente da República, após a redemocratização do Brasil.

Cunha chegou a ser cogitado para ocupar a vaga de candidato a vice-presidente nas eleições de 1989, na chapa encabeçada por Fernando Collor de Mello, que acabou eleito.

Pai de quatro filhos em dois diferentes casamentos, Cunha publicou, em 1977, a coletânea de discursos intitulada Resistência. Em 1991, o político deixou a Câmara ao término da legislatura, dedicando-se ao escritório de advocacia.

Em 1994 atuou como um dos coordenadores da campanha do candidato do PDT ao governo de São Paulo, Francisco Rossi. Em outubro ele próprio candidatou-se a uma vaga na Câmara dos Deputados, obtendo uma suplência.

  • A matéria originalmente informou que João Cunha teve morte cerebral depois de um acidente doméstico. A família esclareceu, entretanto, que o acidente – uma queda – foi causada pelo Acidente Vascular Cerebral. A informação foi atualizada.

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