Justiça manda lacrar urnas e coloca eleição do Sindicato sob júdice

Reunião será realizada nesta quarta para tentar resolver problema; oposição alega fraude

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A Justiça do Trabalho determinou que as urnas sejam lacradas depois do segundo dia de votação nas eleições no Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, que acontecem nesta quarta-feira (5). O pleito é contestado por uma ação judicial envolvendo as duas chapas de oposição à atual gestão, que pedem a nulidade do pleito. O pedido ainda será analisado pela Justiça e, se concedido, irá determinar o reinício do processo eleitoral na entidade. 

Em um primeiro momento, a Justiça chegou a determinar a suspensão de todas as atividades relacionadas à eleição a partir das 0h de quarta, mas a decisão, proferida pela magistrada Márcia Mendes, acabou modificada. A nova decisão determina que a votação aconteça normalmente, mas suspende a apuração e determina que as urnas sejam enviadas à Justiça. 

Se o pedido das chapas de oposição forem acatados, os votos serão descartados e o processo, reiniciado. Nesta quarta-feira (5), acontecerá uma reunião, às 8h30, com as chapas, para uma tentativa de resolução do problema. Procurada, a juíza informou que não poderia comentar o assunto.

Chapas

A eleição seria disputada por três chapas: o atual presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto, pela Chapa “Unidade e Luta”, busca a reeleição. Pela oposição, Wulf Galkowicz pela “Sind Todos” e Alex Ramos Neves pela “Sind Lutas”, também são candidatos.

Wulf explica que o ingresso do pedido foi feito em conjunto pelas duas chapas. “É um processo eleitoral fraudulento, como já aconteceu em outras eleições”, disse.

A reportagem não conseguiu contato com Alex Ramos. Já a assessoria de Laerte Augusto não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento da matéria.

Bate boca

A votação foi iniciada nesta terça-feira (4) e iria até quarta (5). O processo, entretanto, foi marcado por bate-boca entre as chapas e pela acusação de fraude.

Uma das contestações dos opositores de Laerte é o fato de haver urnas itinerantes na votação. Segundo as chapas oposicionistas, também há problema no fato de fiscais das chapas concorrentes não poderem ter acesso às urnas, que ficariam sob guarda de pessoas indicadas pela atual administração.