Luto no rádio: Carlos Calixto, comunicador da Rádio 79, morre aos 64 

Ele apresentou e produziu vários programas na emissora e há alguns meses estava afastado cuidando da saúde

Carlos Ayub Calixto nasceu em Santo Antônio da Alegria, cidade localizada a 98 quilômetros de Ribeirão Preto, em 9 de novembro de 1959. Filho de comerciantes, ele herdou do pai a paixão pelo Palmeiras e quando jovem, mudou-se para Uberaba, MG, onde cursou Odontologia na Uniube. 

 

Enquanto fazia faculdade, começou a trabalhar na Rádio 7 Colinas. O salário que recebia ajudava a arcar com os custos da faculdade. 

 

Após a conclusão do curso, nos anos 80, mudou-se para Ribeirão Preto onde atuou por anos como dentista. Até que um dia, a paixão pela comunicação falou mais alto e ele deixou o consultório odontológico para trabalhar com rádio e música. 

 

Por anos se dedicou à Rádio 79, onde apresentou programas e cuidou da programação artística da emissora.

 

No segundo semestre do ano passado, Calixto produziu e apresentou uma série de 20 programas sobre a história da Rádio 79, quando a emissora completou 70 anos de atividade. Nesse programa ele entrevistou pessoas, que assim como ele, ajudaram a fortalecer a marca.

 

Os comunicadores Adriana Silva e Dácio Campos, que trabalharam com Calixto na 79, foram alguns dos convidados dessa temporada de programas especiais que recontou a história da emissora. Eles lamentaram a morte do companheiro e amigo.

 

Antes de qualquer coisa Calixto era um amigo. Muitas coisas nos ligavam, mas em especial a música. Ao longo da vida foram muitas conversas sobre música. Ele sempre colaborou com a produção do programa Bom dia Dácio Campos. Deixa um vazio sem dúvida” , comenta Dácio Campos.

 

 

“Calixto era um apaixonado por rádio. Fizemos coisas lindas juntos, muitos especiais musicais que exigiam pesquisa e ele fazia isso muito bem. Quando o tema era Roberto Carlos ele sabia muito. O rádio perde com o falecimento dele. Eu particularmente perdi um amigo”, fala Adriana Silva. 

 

 

 

Devido às complicações causadas pelo diabetes, ele estava afastado do trabalho e tinha se mudado para Praia Grande, onde o filho também reside.

 

Calixto faleceu na manhã de domingo (21) após uma parada cardiorrespiratória. Divorciado, ele deixa um casal de filhos, Cássio e Lívia, e o neto Joaquim. 

 

O velório acontece na segunda (22), das 9h às 12h, em Santo Antônio da Alegria, sua terra natal. O sepultamento também ocorre em seu município de nascença.