O programa Mentoria Ribeirão recebeu, nesta segunda-feira (30), durante o episódio final de sabatina dos candidatos à prefeitura de Ribeirão Preto, Marco Aurélio (Novo) e Ricardo Silva (PSD).
Cada candidato foi indagado por 40 minutos sobre temas como planejamento, educação e periferia. As entrevistas foram conduzidas por Chico Ferreira (diretor executivo do Grupo Thathi), Adriana Silva (jornalista educadora) e Dirceu Chrysóstomo (advogado e presidente do Mentoria Social).
Na segunda-feira passada, em 23 de setembro, Jorge Roque (PT) e André Trindade (UB) foram sabatinados. Para conferir as entrevistas na íntegra, clique aqui.
Marco Aurélio (Novo) foi o primeiro candidato entrevistado nesta segunda (30). Quando questionado sobre a criação de um órgão exclusivo de planejamento, o empresário apresentou um programa de seu governo, destacando a necessidade do planejamento em harmonia com a sociedade para o desenvolvimento de políticas públicas.
“É essencial na construção de um planejamento de políticas públicas para a cidade, e esse é o método que a gente quer fazer a gestão da cidade. Com a participação das pessoas, envolvendo o maior número possível de entidades da sociedade civil, setor público, para a gente fazer uma construção mais efetiva, com maior número possível de informações”, disse.
Em fala contínua, Marco Aurélio ainda afirma que o planejamento é “crucial e determinante para o desenvolvimento da cidade. Ter um bom planejamento é o que vai determinar se a cidade vai ter sucesso ou fracasso no seu desenvolvimento”.
Indagado sobre o funcionalismo público, o candidato relata sua história como gestor de negócios, lembra o apoio da mãe e faz críticas aos profissionais que ocupam a gestão por decorrência de acordos. Elogia, no entanto, parte dos servidores.
“Temos muitos servidores excelentes, Mas, essa camada flutuante, que ontem chamei de cabide de emprego e que ocupam a gestão pública por cumprimento de acordos politiqueiros nessa época de campanha, é o que transformam aquela pasta ou serviço público ineficaz, e esse precisa ser sanado. É o principal”.
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Ricardo Silva (PSD) foi sabatinado em seguida, após o intervalo comercial. Quando indagado sobre a criação de um órgão de planejamento à parte da secretaria, Silva apresentou a proposta de uma agência de desenvolvimento e explicou a diferença em comparação à Secretaria de Planejamento.
“Está em nosso plano de governo a criação de uma agência de desenvolvimento. A Secretaria de Planejamento pensa Ribeirão para dentro – como a cidade vai crescer, como serão os novos loteamentos, como serão as licenças e exigências. A agência de desenvolvimento pensa Ribeirão para fora. É um trabalho macro”, explica.
Durante a argumentação, o candidato prometeu a criação da Secretaria de Habitação para que a administração possa construir casas populares e prometeu elaborar um governo com pessoas técnicas. “Vamos nos cercar de pessoas técnicas para nos ajudar com a decisão de cada área, ouvindo as instituições também da sociedade civil”, continuou.
Sobre a realidade das pessoas em situação de rua, Ricardo Silva apresenta suas alternativas à condição. “Quem está na rua, está doente. A pessoa não está morando em situação de rua apenas pela condição financeira, tem algo mais. Normalmente, problema de drogadição, álcool em excesso, problema de saúde mental – que hoje em Ribeirão Preto não tem o cuidado que merece – precisamos colocar a Secretaria de Assistência Social para funcionar”, explicou.
Quando interrogado sobre a nova unidade de emergência do Hospital das Clínicas, o político lamenta as afirmativas dos candidatos adversários, confessa conversa com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e explica a condição.
“A construção da nova unidade de emergência do HC vai ser um salto para o futuro de Ribeirão Preto. Lamento muito que os adversários estejam tentando taxar o governador do Estado (Tarcísio de Freitas) como mentiroso. Algumas pessoas chegaram a tentar lá atrás, mas não trouxeram a solução. Eu trouxe o dinheiro, eu não fiquei só em reunião”.
“Vai ser um projeto por etapas, e nós precisamos dar o primeiro passo. Eu tive coragem de dar o primeiro passo. Eu fui ao governador pessoalmente, o recurso está pago ao Governo de São Paulo. Vamos ter o HC novo. É uma irresponsabilidade falar que o dinheiro não vai dar. Vocês acham que o governador Tarcísio vai deixar uma obra pela metade?”, continuou.
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