Morre colunista Patrícia aos 90 anos em Franca

Ela havia sido diagnosticada com uma pneumonia depois de um mal estar sofrido no último dia 5

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Foto: Rede Social

Sônia Menezes Pizzo, a colunista Patrícia, morreu, na madrugada deste sábado (7), no Hospital Regional, em Franca, em decorrência de uma pneumonia, aos 90 anos. Ela foi diagnosticada com a doença, após um mal estar no último dia cinco.

Paty, conforme conhecida aos mais chegados, trilhou um longo caminho pelos meios de comunicação de Franca. Seja pela televisão, rádio, ou até mesmo em veículos escritos, ela mantinha seu público fiel em sua tradicional coluna social.

Durante a vida, nos mais de 60 anos de carreira, passou pelo jornal Comércio de Franca, onde atuou por 35 anos, Diário de Franca, Record TV, portal GCN, Tv Bandeirantes e rádios Difusora AM, Hertz, Imperador e União FM.

Em agosto do ano passado, a comunicadora foi afastada de suas atividades após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e permaneceu internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 22 dias. Em setembro, foi transferida para uma clínica onde começou um tratamento para a sua recuperação.

Antes disso, ela se manteve ativa no trabalho, escrevendo suas colunas para o portal GCN, além de apresentar, semanalmente seus programas na rádio Difusora e também na TV Record.

Colunista Patrícia e Franca

Sua trajetória no jornalismo iniciou na década de 50, no jornal Comércio de Franca. De acordo com uma entrevista concedida ao mesmo veículo, Sônia contou que o início foi sofrido, marcado por preconceito e desprezo, pelo fato de vir de origem humilde e também por ser mulher.

Ela tinha um estreito contato com grandes empresários da capital do calçado e também de todo o país. Enquanto trabalhava, ajudou a consolidar alguns nomes no mercado da cidade.

Foi uma das criadoras da Noite EP (Elegantes e Personalidades), bem como produziu e realizou por décadas o evento, atraindo personalidades do mundo político, artístico e empresarial.

Fora da comunicação, foi uma das fundadoras da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O fato aconteceu após perder um irmão, que possuía deficiência e viveu por 20 anos em uma cadeira de rodas.

Na década de 70 recebeu o título de Cidadã Emérita, da Câmara Municipal de Franca, pelas mãos de Fábio Liporini.

Homenagens

Após o AVC, Sônia não recobrou a consciência, porém se manteve clinicamente bem. Em um documento, expressou a vontade de ser transferida ao Residencial Vitativa. O desejo foi atendido e ela recebia os cuidados de lá, desde então.

Porém, a neta, Camila Pizzo, se manteve presente, isso porque, considerava a avó uma inspiração. Em comunicado na rede social, Pizzo homenageou a familiar, chamando-a de mestra e se mostrou grata pelo legado deixado.

“Minha mestra, meu amor. Já está nos braços de Nossa Senhora Aparecidinha e com seus amados filhos. Ameriquinho e Maurinho. Gratidão por tudo vó Sônia/ Patrícia”, escreveu.

Já a jornalista e amiga, Rosana Branquinho, afirmou que Patrícia deixará muita saudade. “Estrela guia que sempre foi, segue ao encontro de seus queridos, mas deixará em nós, sua luz forte, marcante e, acima de tudo, generosa”, afirmou.