MP pede à Justiça suspensão da reorganização na educação infantil em Ribeirão Preto

Medidas também são questionadas, na Justiça do Trabalho, pelo Sindicato dos Servidores Municipais

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Medidas geraram 1,4 mil vagas na rede municipal - Foto: F L Piton

O Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação) do Ministério Público pediu à Justiça que suspenda a reorganização da educação infantil de Ribeirão Preto. A medida, implantada pela Secretaria municipal de Educação, alterou ciclos etários para incluir na rede 1,4 mil crianças que estavam na fila de espera.

A ação aponta prejuízos aos alunos já matriculados, além de questionar a infraestrutura das escolas que vão receber os novos alunos. O promotor de Justiça Naul Felca, que assina o processo, pediu uma liminar (decisão provisória) para sustar imediatamente os efeitos da reorganização.

A administração alega que respeitou leis municipais que estabelecem relações máximas entre a metragem das salas e a quantidade de crianças, além do limite de alunos por professor.

A reorganização da educação infantil também é questionada judicialmente pelo Sindicato dos Servidores Municipais. A entidade sustenta que a medida viola um acordo judicial, firmado com o governo, para garantir a segurança dos funcionários públicos em relação à Covid-19.

Nas duas ações, ainda não houve decisão judicial sobre os pedidos.

Outro lado

Em entrevista ao programa Thathi Repórter, o secretário de Educação, Felipe Elias Miguel, criticou a ação do Geduc. “Me surpreende o momento (da ação). Estamos na quarta semana da reorganização, as crianças já estão matriculadas e adaptadas. Não tem protesto de pais. O próprio MP ingressou com ações para que a secretaria garantisse vagas para mais de mil crianças”, declarou.