O Departamento de Vigilância em Saúde de Ribeirão emitiu, nesta terça-feira (24), um alerta após a confirmação dos oito casos da variante Delta na cidade. Segundo a administração municipal, a cepa gera preocupação, pois causou um aumento no número de casos nos locais onde se estabeleceu.
“Classificada como variante de preocupação no município de Ribeirão Preto e considerando que foi associado a esta variante o aumento da transmissibilidade da Covid 19 nos locais onde se estabeleceu a transmissão comunitária”, diz o texto
Além disso, o comunicado frisa a importância da adesão as medidas protetivas contra o novo coronavírus. Sendo assim, frisou a importância da necessidade do uso de máscaras, distanciamento social, evitar aglomerações, Cumprir a recomendação de quarentena, ou seja, permanecer em casa pelo período de isolamento de 10 dias no caso de ser caso suspeito ou confirmado de Covid 19 e 14 dias para aqueles que tiveram contato com o suspeito ou confirmado de Covid 19, dentre outras medidas.
A confirmação
O Hospital das Clínicas, nesta segunda-feira (23), confirmou os oito casos da variante Delta na cidade. A informação foi veiculada em uma coletiva de imprensa que contou com a participação dos professores Benedito Fonseca e Rodrigo Calado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP) e a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Luzia Romanholi Passos.
De acordo com as informações prestadas, as vítimas possuem idades de 26 a 90 anos, são de sete famílias diferentes e todos eles receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Entre os pacientes estão três homens e cinco mulheres.
Durante a coletiva, os três especialistas afirmaram ainda que todos os dados levam a crer que a cidade já conta com transmissão comunitária e autóctone, ou seja, não é possível identificar a origem da transmissão, que pode ter ocorrido dentro da cidade. Isso porque as 30 amostras analisadas foram coletadas de maneira aleatória, vindas do Supera Parque.
A cepa
Identificada pela primeira vez em outubro de 2020, na Índia, a variante Delta já está em mais de 100 países, incluindo o Brasil. A nova mutação é pelo menos 60% mais transmissível do que a variante Alfa – detectada no Reino Unido – que, por sua vez, é 60% mais transmissível do que o vírus original, encontrado em Wuhan, na China, de acordo com pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Outra preocupação é com as vacinas, necessárias para frear o avanço da nova cepa, pois com a baixa adesão à segunda dose, os moradores podem estar expostos à mutação do vírus. “Em média, há uma queda de 10% de proteção da Delta em relação a outras cepas”, analisou Fonseca.