Presidente Lula confirma presença em evento sobre a produção de etanol na região de Ribeirão Preto

Evento trata da inauguração da planta industrial de etanol, e acontece nesta sexta-feira (24), em Guariba

Foto: Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participa da inauguração da planta industrial de etanol de 2° geração (E2G) da Raízen, em Guariba-SP. O evento acontece nesta sexta-feira, 24 de maio.

A indústria é considerada uma referência mundial na produção do biocombustível com tecnologia própria, a partir do bagaço da cana.

A unidade, cujo investimento foi de R$ 1,2 bilhão, tem capacidade de produzir 82 milhões de litros de E2G por ano.

O investimento visa atender a demanda crescente no mundo por economia de baixo carbono.

O E2G

Etanol de segunda geração (E2G) é um biocombustível avançado feito a partir dos resíduos restantes do processo de fabricação do etanol comum (etanol de primeira geração ou E1G) e do açúcar.

Quimicamente, é como o E1G, a grande diferença está na forma de produzi-lo. O E2G utiliza biomassa vegetal lignocelulósica, reaproveitando resíduos vegetais – palha, folhas, bagaço, cavaco, entre outros. Enquanto o etanol de primeira geração e o açúcar são produzidos a partir da cana-de-açúcar, o E2G é feito da palha e do bagaço da cana-de-açúcar.

A produção de E2G acontece por um processo tecnológico de pré-tratamento da biomassa, hidrólise e posteriormente fermentação. As estruturas vegetais têm alguns compostos básicos: lignina, celulose, hemicelulose, cinzas e água. A lignina é um composto estrutural de cadeia longa que confere rigidez à planta. Para que se possa produzir álcool, é necessário disponibilizar os carboidratos (celulose e hemicelulose) e, para isso, é necessário quebrar ou soltar a lignina dos demais compostos.

Basicamente, o processo produtivo da E2G envolve três fases: pré-tratamento, quando a biomassa é pré-tratada de forma que a celulose seja fracionada; hidrólise, que é a quebra da celulose e da hemicelulose em açúcares – glicose e xilose; e fermentação e destilação, que são etapas parecidas com o processo produtivo do etanol de primeira geração. A diferença é que a fermentação do açúcar xilose requer o uso de uma levedura geneticamente modificada.