Samanta Pineda “corneta” Anitta, defende ministro do Meio Ambiente e vê méritos no governo Bolsonaro

Um dos maiores nomes do Brasil no setor de direito ambiental, ex-primeira-dama de Ribeirão disse que cantora deveria "se informar bastante" antes de se manifestar sobre questões ambientais

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Programa Agora em Pauta - Foto: Reprodução

Um dos maiores nomes no direito ambiental do Brasil, Samanta Pineda, ex-primeira-dama de Ribeirão Preto, recomendou à cantora Anitta que “se informa bastante” antes de se expressar sobre ambientalismo. A declaração foi dada nesta segunda-feira (15) aos jornalistas Sérgio Degrande e Jorge Vinícius, no programa Agora em Pauta, do Grupo Thathi de Comunicação.

A cantora se manifestou, na última semana, em defesa do meio ambiente através de suas redes sociais, além de defender a posse de terra aos indígenas. Ela chegou a dizer que eles foram “violados”, em especial pela ação de produtores rurais. Entre outras declarações, a cantora disse ainda que a pecuária era “ruim” pelo fato de, segundo ela, derem “hormônios para as vacas ficarem grávidas” e por “matarem os bezerrinhos para fazer baby beef”.

“A Anitta agora resolveu ser ambientalista. Mas eu resolvi fazer um pedido a ela. Se eu fosse cantar e dançar, iria fazer um curso de dança, um curso de canto para poder fazer isso.  Gostaria muito que ela se informasse bastante antes de entrar nessa guerra. Ela é muito bem vinda, mas que ela se informa bastante para não dar, como se diz, boi na linha”, disse Samanta.

Procurada, a cantora Anitta ainda não se manifestou sobre o assunto.

Ricardo Salles

Samanta Pineda também fez questão de defender o atual ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, que declarou, recentemente, que o governo deveria aproveitar o “momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de covid” para, segundo ele, “ir passando a boiada, ir mudando todo o regramento e simplificando normas, de Iphan, de Ministério da Agricultura, Ministério do Meio Ambiente, ministério disso, ministério daquilo”. A declaração foi divulgada em 22 de maio.

Para Samanta, embora tenha sido uma frase infeliz do ministro, é preciso entender o contexto em que ela foi dita. “Quando ele disse essa expressão, ele quis dizer (…) vamos simplificar essas normas ambientais, pra ver se a gente consegue fazer isso menos burocrático e mais eficiente. Agora, ele foi infeliz na colocação, entendo que ele quis falar de desburocratização”, avalia.

Governo

Segundo ela, o setor ambiental sofre com um excesso de normas. “Existe um excesso de burocracia, com a ilusão de que isso dá proteção ao meio ambiente. Na minha opinião, isso dá corrupção. No momento em que as regras são claras e precisam de interpretação, você abre portas para o fiscal interpretar”, conta.

A advogada também afirmou que o governo Bolsonaro tem aspectos positivos. “Esse governo, pela primeira vez, parou de fazer de conta que estava monitorando o desmatamento da Amazônia e achou os defeitos desse mapeamento (…) o Ministério do Meio Ambiente investiu (…) este governo foi o primeiro que vi tomando medidas nesse sentido”, conta.