MPSP pede novo teste para avaliar regime aberto a Alexandre Nardoni

alexandre nardoni
(Foto: Reprodução)

O Ministério Público pediu que Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella Nardoni em 2008, seja submetido a exame psicológico, conhecido como Teste de Rorschach. A manifestação acontece após o pedido de progressão para regime aberto apresentado pela defesa do réu.

No documento, prolatado junto ao Departamento Estadual de Execuções Criminais (DEECRIM) da 9ª Região Administrativa Judiciária, com sede em São José dos Campos, o MPSP destaca que Nardoni apresentou elementos de possível transtorno de personalidade, o que causa dúvida sobre sua real capacidade de ser reintegrado de forma segura à sociedade. Diante disso, o Ministério Público entende que o pedido da defesa de Nardoni “merece nova análise, porém mais aprofundada, a fim de que a presença do necessário requisito subjetivo seja aferida de forma concreta e correta”.

O promotor apontou também que Nardoni não assume a responsabilidade pela morte da filha, apesar de todas a comprovação nesse sentido. “Isso indica, sem dúvida, que ele não absorveu a terapêutica penal a contento”, diz a manifestação. Além disso, o membro do MPSP considerou a longa pena que o réu ainda tem a cumprir, até 2035.

Recentemente, a 3ª Promotoria de Justiça Execuções Criminais de Taubaté já havia se posicionado contra a concessão da progressão para o regime aberto para o condenado.

Relembre o caso

Alexandre Nardoni está preso na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, conhecida como “prisão dos famosos”. O crime de repercussão nacional, aconteceu em 2008, envolvendo Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, que foram condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni, filha de Alexandre e enteada de Ana Carolina.

Em 29 de março de 2008, Isabella Nardoni, com 5 anos, foi encontrada morta após cair do sexto andar de um prédio em São Paulo. Inicialmente, o casal alegou que a criança havia caído acidentalmente, mas, após investigações, evidências do homicídio foram descobertas.

A perícia revelou que Isabella tinha sido estrangulada antes de ser jogada pela janela. As evidências mostraram marcas de estrangulamento em seu pescoço e lesões pelo corpo. Após um julgamento, Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá foram considerados culpados em 2010 e condenados por homicídio qualificado e fraude processual.

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