A raiva, além de acometer outros mamíferos (como cães, gatos, macacos e morcegos), é uma doença infecciosa grave que também pode ser contraída por humanos. Mesmo que a patologia esteja atualmente controlada, novos casos dela voltaram a surgir no Brasil: um em Minas Gerais e outro no Ceará. Com isso, o Governo do estado de São Paulo entrou em alerta.
Em São José dos Campos, a prefeitura centralizou a distribuição da vacina antirrábica humana em três unidades de saúde. São elas: o Hospital Municipal, na Vila Industrial; o Hospital de Clínicas Sul, no Parque Industrial; e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Francisco Xavier.
A repórter Ariane Caldas conversou com Lucineide Vieira, enfermeira da Vigilância Epidemiológica de São José, para saber quais são as orientações médicas em relação a esse procedimento.
Segundo ela, em caso de mordidas de cães ou gatos, é necessário observar esses animais durante o período de 10 dias – isso porque esse é o tempo que eles sobrevivem com o vírus no corpo. Ou seja, caso seja possível constatar que eles sobreviveram a esses 10 dias contados a partir da mordida, não é necessário tomar a vacina. Porém, se o animal morrer ou apresentar sintomas da raiva, é preciso administrá-la na pessoa que sofreu a lesão.
Em caso de mordidas de animais silvestres ou de equinos, suínos bovinos e caprinos, é necessário ir imediatamente à UPA mais próxima.
Em humanos, os principais sintomas da raiva são: dor de cabeça, espasmos musculares, sede excessiva e dificuldades para deglutir água – por isso o sintoma clássico da salivação excessiva, já que o paciente não consegue engolir sequer a própria saliva. Esses sintomas podem aparecer em um recorte de tempo bastante variável: a partir do primeiro contato com o vírus, depois de duas semanas a até depois de dois anos, segundo os registros de saúde.
Lucineide diz que a letalidade da raiva em humanos é de quase 100%. Por isso, é preciso tomar muito cuidado e se certificar de que os animais estejam com a vacinação em dia contra essa doença.