Ronnie Lessa dá entrada na Penitenciária 1 de Tremembé após ser transferido do MS

transferência de ronnie lessa p1 tremembé
(Foto: Pedro Coralia/TV THATHI SBT)

Na tarde desta quinta-feira (20), Ronnie Lessa deu entrada na Penitenciária 1 “Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, em Tremembé, no Vale do Paraíba. Assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ele deixou o Presídio Federal de Campo Grande (MS) na manhã de hoje.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) confirmou por meio de nota, que Ronnie Lessa deu entrada na P1 de Tremembé nesta quinta-feira, às 13h46. Ainda de acordo com a SAP, o preso permanecerá em regime de observação por 20 dias. As dimensões das celas são de 9 m².

Ronnie Lessa chegou no aeroporto de São José dos Campos por volta das 13h. Acompanhado por um comboio de carros de escolta da Polícia Penal e da Polícia Federal, ele deixou o local rumo a Tremembé. O ex-policial estava preso na penitenciária federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, desde março de 2019.

A transferência de Ronnie Lessa acontece após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendendo ao pedido da defesa do preso.

No presídio, Lessa terá sua comunicação monitorada. O STF determinou que à SAP mantenha o ex-policial sob monitoramento de áudio e vídeo. O supremo alega que a determinação acontece em razão das peculiaridades do caso e para fins da preservação da ordem interna e da segurança pública. Na decisão, o STF autorizou ainda o monitoramento das comunicações verbais e escritas de Ronnie Lessa, nas celas e nos momentos de visitas de familiares e de atendimento dos advogados.

Leia mais:

Quais os riscos da transferência de Ronnie Lessa para a Penitenciária 1 de Tremembé?

O advogado criminalista Iago da Mata explicou no programa “Tá Na Hora Vale”, sobre os riscos da transferência de Ronnie Lessa para o presídio da região. O especialista disse que a saída do ex-policial da penitenciária federal foi por conta de uma condição estabelecida no acordo de delação premiada com a Polícia Federal, sob o pretexto que o preso ficaria mais próximo da sua família.

Assista a entrevista completa e entenda mais sobre a transferência de Ronnie Lessa:

Relembre o assassinato

A vereadora Marielle e seu motorista Anderson foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, quando o carro onde estavam foi fuzilado, no bairro do Estácio, na região central da cidade.

Lessa é um dos delatores do caso Marielle e apontou, em outros depoimentos, os irmãos Brazão como mandantes do assassinato. Segundo o ex-policial, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), atuaram como mandantes do homicídio da vereadora. Todos estão presos. 

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS