Acompanhe a cotação do dólar nesta terça-feira

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu perto da estabilidade nesta terça-feira (9) com o mercado à espera do depoimento do presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), Jerome Powell, em um comitê do Senado dos EUA, que pode trazer novas pistas sobre o futuro da taxa de juros norte-americana.

No Brasil, a agenda de indicadores está esvaziada e ainda há o feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, comemorado em São Paulo nesta terça, que não terá negociação no dia –o que reduz a liquidez no câmbio, embora outras praças permaneçam abertas.

Às 9h08, o dólar tinha uma leve queda de 0,09%, cotado a R$ 5,4717.

Na segunda-feira (8), a divisa fechou em leve alta de 0,25%, a R$ 5,474, numa sessão sem grandes catalisadores enquanto o mercado aguarda a divulgação de novos dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil nesta semana.

Na Bolsa brasileira, o movimento também foi modesto: o Ibovespa teve alta de 0,22%, fechando aos 126.551 pontos, com apoio principalmente da Petrobras, que anunciou pela manhã um reajuste nos preços da gasolina e do gás de cozinha.

“Agenda [na semana] são os índices de preço ao consumidor aqui e nos EUA, que vão balizar expectativa de inflação e, por consequência, juros”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

No exterior, as apostas sobre quando ocorrerá o primeiro corte de juros nos EUA seguem sendo o foco de investidores. Os dados de emprego e de inflação divulgados recentemente apontaram para uma desaceleração da economia americana, aumento o otimismo sobre uma possível redução das taxas neste ano.

As autoridades do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) seguem afirmando, no entanto, que ainda precisam de novos dados para obter confiança em iniciar o ciclo de afrouxamento monetário.

No cenário doméstico, o IBGE divulgará na quarta-feira os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para junho, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de desaceleração para alta de 0,32%, ante avanço de 0,46% em maio.

Os números de preços têm se tornado cada vez mais observados pelos membros do Banco Central, à medida que cresce a desancoragem das expectativas de inflação para este ano e o próximo.

Os investidores também devem se manter atentos às próximas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua equipe econômica sobre o compromisso do governo federal com o ajuste das contas públicas.

A preocupação do mercado nacional com o ajuste fiscal e críticas de Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, têm elevado a divisa norte-americana nas últimas semanas. O dólar chegou a atingir seu maior valor de fechamento desde janeiro de 2022 na terça-feira passada, a R$ 5,66.

“O mercado segue sensível às incertezas, apesar do tom mais positivo do governo. Mesmo assim, só temos discursos, nenhum número mostra que de fato o cenário mudou”, diz Hemelin Mendonça, sócia da AVG Capital.

Com Reuters

Redação / Folhapress

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