BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Uma adolescente de 14 anos morreu na última quinta-feira (8) após ter sido perfurada na região do tórax em sala de aula em um colégio particular de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
O suspeito, apontado como colega da vítima e também de 14 anos, fugiu do local mas foi encontrado horas depois pela Polícia Militar de Minas Gerais.
Ele foi levado à delegacia, onde seu pai o esperava, e apreendido em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio.
Procurada pela Folha de S.Paulo, a defesa do jovem afirmou que não vai se manifestar sobre o caso porque não teve acesso à íntegra das investigações.
De acordo com o boletim de ocorrência, uma testemunha relatou aos policiais que, durante a aula, o suspeito foi até a vítima, entregou uma folha avulsa com algo escrito e desferiu golpes com facas nela. Depois disso, o suspeito pegou sua mochila e fugiu.
Após o ataque, os alunos avisaram o professor, que chamou socorro.
A perícia recolheu a folha citada e os celulares dos dois adolescentes, além de materiais escolares.
De acordo com o colégio Livre Aprender, um dos professores, que também é estudante de medicina, prestou os primeiros socorros enquanto o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) era acionado. A vítima morreu na sala de aula.
A instituição disse em nota que o ataque aconteceu por “razões ainda desconhecidas” e decidiu suspender aulas e outras atividades até a próxima segunda-feira (12).
“O Colégio Livre Aprender está oferecendo apoio psicológico a todos os envolvidos e tomaremos todas as medidas necessárias para assegurar que nossa comunidade receba o suporte que precisa.”
Após a fuga, a Polícia Militar encontrou o suspeito às margens de uma rodovia. Ele não teria esboçado reação durante a abordagem, segundo o boletim de ocorrência.
Ele também indicou aos policiais o local onde deixou a faca que teria sido utilizada para atacar a vítima, que foi recolhida pelos agentes.
A Polícia Civil disse que, após o adolescente ser ouvido e apreendido, foi apresentado ao Ministério Público para as medidas legais cabíveis. A investigação acontece sob sigilo.
Redação / Folhapress
