SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O time argentino do Boca Juniors foi punido pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) pelos atos racistas praticados pela torcida durante confronto contra o Palmeiras pela partida de ida das semifinais da Copa Libertadores no estádio Bombonera, em Buenos Aires, em setembro de 2023.
Na ocasião, um torcedor do clube argentino foi flagrado apontando um celular para a torcida palmeirense com a palavra macaco escrita na tela do aparelho. Torcedores do time xeneize também foram vistos nas arquibancadas fazendo gestos alusivos ao animal.
Após a partida, a direção do Palmeiras fez uma denúncia junto à confederação sul-americana. Por causa do episódio, o Boca Juniors terá de pagar uma multa de US$ 100 mil (R$ 505 mil), segundo postagem feita pelo clube na noite de domingo (7) no X (antigo Twitter).
Além disso, o setor tribuna sul da Bombonera ficará parcialmente interditado, com a capacidade reduzida para 2.900 torcedores o espaço costuma abrigar até 5.000 torcedores. O clube também terá de estender uma faixa com a frase “basta de racismo” nos jogos em seu estádio.
O jogo na Argentina terminou empatado em 0 a 0. Após novo empate por 1 a 1 no Allianz Parque, o Boca venceu nos pênaltis e se classificou à final, perdendo a decisão para o Fluminense.
“No âmbito de um novo jogo internacional na Bombonera, convidamos os torcedores a refletir sobre viver o jogo com a paixão que nos caracteriza, mas longe de qualquer tipo de manifestação racista e atos xenófobos. E reafirmamos nosso compromisso com um futebol livre de qualquer tipo de discriminação”, diz a mensagem do Boca nas redes sociais.
Carregando post do Twitter
Após um empate sem gols contra o Nacional Potosí-BOL na estreia da edição de 2024 da Copa Sul-Americana, o time argentino faz sua primeira partida em casa nesta terça-feira (9), contra o Sportivo Trinidense-PAR em partida válida pelo grupo D, que conta também com o Fortaleza.
Na publicação, o Boca também apela para que a torcida tenha um “comportamento à altura”, e avisa que “disponibilizará todos os meios para identificar e sancionar as pessoas envolvidas neste tipo de ações [racistas], a quem poderá estar sujeito às mais duras sanções previstas na regulamentação, incluindo a sua expulsão.”
Redação / Folhapress