Como crise das chuvas no Rio Grande do Sul pode impactar inflação e alterar dinâmica do agronegócio

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Como crise das chuvas no Rio Grande do Sul pode impactar inflação e alterar dinâmica do agronegócio e o que mais importa no mercado nesta terça-feira (7).

CONTA DA CRISE NO RS

As chuvas que assolam o estado do Rio Grande do Sul nos últimos dias devem extrapolar a região e impactar toda a economia brasileira. O Banco Central reconheceu nesta segunda-feira (6) que as expectativas de inflação vão aumentar.

Entenda: o Rio Grande do Sul tem um setor agropecuário forte, com destaque para a produção de suínos e aves, além do arroz. Com estradas bloqueadas, esses produtos vão ficar sem escoar.

↳ A gestora G5 Partners prevê que a inflação de maio será de 0,02 a 0,05 ponto percentual mais alta do que o previsto anteriormente. O PIB também deve ser impactado, segundo a gestora.

↳ O Banco Central projeta aumento da inadimplência, já que a economia sofre um solavanco e as transações comerciais ficam mais escassas.

↳ Empresas gaúchas começam a adotar medidas alternativas. Leia aqui como laticínio trocou produção de leite por água, mercado congelou preços e a indústria alterou logística.

A tragédia no Rio Grande do Sul deixou ao menos 85 mortes e mais de 1 milhão de afetados. O estado tem alerta de novos temporais nos próximos dias.

Calamidade: nesta segunda (6) o governo Lula enviou ao Congresso um projeto de decreto legislativo para reconhecer estado de calamidade pública em razão da tragédia climática no Rio Grande do Sul. A medida depende do aval do Legislativo para começar a valer.

O efeito prático disso é facilitar a liberação de verbas ao estado.

Em outra frente, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou medidas que serão tomadas pelo governo:

Linha de crédito para viabilizar a reconstrução de casas atingidas pelas enchentes;

Prioridade ao RS na renegociação de dívida com a União;

Verbas liberadas por meio de créditos extraordinários, o que é usado para acelerar a destinação de recursos em situações urgentes e imprevistas;

Adiamento na cobrança de tributos federais de empresas situadas nos municípios afetados.

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Nova realidade global: casos como o do sul do país passaram a ser avaliados como riscos aos sistema financeiro, com os bancos centrais pelo mundo considerando as mudanças climáticas em suas decisões. Alguns se uniram para desenvolver um sistema de IA que avaliam ameaças do clima.

↳ Para a agência ambiental europeia, o aquecimento global impõe juros altos e mais judicialização entre as empresas.

ALTERNATIVA ‘HÍBRIDA’ À DESONERAÇÃO DA FOLHA

Setores impactados pela volta da reoneração sobre a folha de salários, determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na última semana, têm uma contraproposta nas mãos.

A ideia é que a desoneração acabe gradualmente, enquanto a regra geral volte a valer aos poucos.

Como funciona o modelo atual? Empresas de 17 setores podem pagar de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.

O que a transição proposta prevê? Que a reoneração voltará em 2025 e alcançará 15% apenas em 2027.

Mas… Técnicos da área econômica avaliam que a proposta não resolve o grande desafio do governo em 2024: fechar as contas.

↳ O governo precisa entregar um déficit zero neste ano, assim como em 2025.

Empresas, congressistas e membros do governo tentam encontrar uma proposta comum até o próximo dia 20, quando o pagamento do tributo já será aplicado, seguindo a determinação do STF. Parte do Congresso pressiona que o Planalto suspenda a cobrança.

Mesmo já valendo, o fim da desoneração continua em julgamento pelo STF, que suspendeu a pauta devido a um pedido de vista feito pelo ministro Luiz Fux.

O QUE A APPLE TEM PARA MOSTRAR

Faz um tempo desde que a Apple lançou seu último iPad, e a espera por uma atualização dos modelos vai acabar nesta terça-feira (7), após de 18 meses. O que vem por aí?

Ipads Pro: a estrela deste primeiro evento da Apple em 2024. Com design atualizado e tela mais nítida, o novo modelo é o primeiro a receber uma tela Oled, tecnologia usada nos iPhones desde 2017.

↳ Por que elas são melhores? Além da qualidade da imagem, os Oleds permitem dispositivos mais finos. Assim, é esperado que a Apple reduza a espessura dos iPads.

↳ Tamanhos: de 11 e 12,9 polegadas, além de incluir os primeiros processadores M4.

Ipads Air: o tablet “intermediário” da Apple também será atualizado. Terá duas opções de tamanho, com uma de 12,9 polegadas, mesmo tamanho do Pro, e outra de 10,9, a versão atual.

Mas e a IA? E os iPhones? E o novo iOS? Os fãs da marca vão precisar esperar um pouco para os grandes anúncios do ano, que vão ficar para junho e setembro.

As novas funções de inteligência artificial serão apresentadas junto do novo sistema operacional iOS 18, na conferência para desenvolvedores no próximo mês. A Apple está atrás de outras big techs e da Samsung nesta tecnologia.

Os iPhones 16 só serão apresentados em setembro, assim como qualquer novidade nas linhas de AirPods e Macbooks.

As apostas são altas após a empresa encarar uma redução nas vendas na Ásia e voltar a estar atrás da Samsung no ranking mundial de celulares vendidos.

VICTOR SENA / Folhapress

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