SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O comandante da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, Cláudio Feoli, afirmou na manhã desta terça-feira (7) que, em meio às fortes chuvas que atingem o estado e já deixam 90 mortos, 16 pessoas foram presas apenas na noite de segunda (6) por tentativas de saques “não só pela subsistência”.
“Nós temos também a criminalidade violenta em determinados lugares e nós temos agora que fazer frente como força de segurança”, disse o comandante em entrevista à apresentadora Patrícia Poeta, do programa Encontro, da TV Globo.
Em dos casos, segundo ele, os suspeitos abordaram policiais. “Tivemos uma embarcação com PMs que, em razão da escuridão e das fardas escuras, foram abordados por delinquentes e, obviamente, foram presos”, disse.
O comandante afirma que é importante que todos identifiquem quem são as pessoas que estão se aproximando para que nenhum tipo de incidente ocorra.
“Temos uma série de fake news propagadas, o que é um desserviço”, afirmou.
Para coibir este tipo de ação, o comandante disse que tem colocado PMs nas áreas alagadas dentro de embarcações para que façam abordagens a barcos com indivíduos suspeitos.
“Nas áreas que não estão alagadas, temos presença de viaturas e efetivo. Na cidade de Eldorado, por exemplo, não tínhamos acesso que não fosse por barco ou aeronave. Nos primeiros dias, fizemos colocação de efetivo do batalhão de choque por meio de uma aeronave. São situações diferentes e precisamos achar soluções diferentes para que possamos atender a população”, disse Feoli.
O comandante afirmou muitos dos esforços se concentram em salvar vidas e que até esta terça já foram resgatadas 18.500 pessoas. Há ainda, contudo, muita gente que não quer deixar suas casas.
O Rio Grande do Sul chegou nesta terça à marca de 90 mortos e 362 feridos, além de quatro mortes em investigação. Há também 131 desaparecidos. Doas 497 municípios gaúchos, 388 foram afetados pelos temporais.
As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual, e mais de 273 mil alunos foram impactados. Ao menos 388 escolas tiveram sua estrutura danificada pela chuva, e outras 52 servem de abrigo.
Redação / Folhapress