Foliões do Rio gastam energia final em blocos na Quarta-Feira de Cinzas

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Beatriz Werneck, 23, e as amigas estão há mais de um mês indo a blocos no Rio de Janeiro. A batida começou no primeiro final de semana do ano, na abertura não oficial do Carnaval, e ainda não terminou: nesta Quarta-Feira de Cinzas (14), o grupo gastou as últimas energias no Filhotes Famintos, bloco que fez seu cortejo na praia do Flamengo, zona sul carioca, pela manhã.

“Estou cansada. Mas é a famosa frase: só se vive uma vez”, afirma Beatriz.

“Nos dois primeiros dias tomei vitamina C e relaxante muscular. Depois, consegui aguentar”, acrescenta a irmã dela, Bruna Werneck, 27.

As irmãs curtiram o Carnaval com amigas. Uma delas, Luiza Tourinho, 25, saiu de São Sebastião (SP), litoral norte paulista, para aproveitar o Carnaval carioca. Diz que não foi a tantos blocos quanto outras do grupo -estas nem sequer conseguem calcular o número de cortejos a que assistiram-, mas que se encantou com o que viu.

“De todas do grupo eu sou a que menos fui a blocos, mas estou dando meu melhor. É lindo ver essa folia às 8h. O carnaval do Rio é intenso porque é divertido”, afirma Luiza.

Intenso foi também o calor neste Carnaval. As altas temperaturas fizeram as foliãs cansarem mais rápido. “Dancei no bloco Amigos da Onça no sábado durante seis horas. Em determinado momento achei que fosse desmaiar”, conta a jornalista Giulia Gonçalves, 23.

O sistema Alerta Rio, órgão de medição de temperatura da prefeitura, registrou 40,1°C na segunda-feira (12) e 39,9°C nesta terça (13), dia em que o Fervo da Lud, bloco da cantora Ludmilla, foi encerrado antes do horário previsto por causa do calor.

Na terça, a Secretaria Municipal de Saúde disse ter feito 129 atendimentos entre a manhã e o início da tarde nos postos médicos montados no circuito de blocos do centro. A maioria dos atendimentos foi por ingestão de bebidas alcoólicas em excesso e estresse térmico.

Entre os foliões, foram muitas as estratégias usadas para amenizar o calor. Roupas leves, leques, água para beber e para jogar no corpo. Giulia, por exemplo, disse que se preocupou em não pegar sol na cabeça. “Usei fantasias com chapéus todos os dias para tampar o sol. Chapéu de caubói, de bruxa, capacete. O calor na cabeça costuma me incomodar muito, e a estratégia deu certo.”

Moradora de Joinville (SC), Samara Alves Cardozo, 30, chegou atrasada para a folia carioca e agora tenta aproveitar o quanto pode. Ela conta que só chegou à cidade na terça, acompanhada da filha de 11 anos.

“Mal respirei e já estava em um bloco. O cardio tem que estar em dia. Vou ficar até sexta-feira [16] e tudo o que aparecer estou dentro.”

YURI EIRAS / Folhapress

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