SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vetou um projeto de lei que pretendia ampliar a campanha contra o HPV, levando a vacinação de crianças e adolescentes para dentro das escolas uma vez por ano.
O projeto foi proposto pelas parlamentares Patrícia Gama (PSDB), Marina Helou (Rede), Delegada Graciela (PL), e Edna Macedo (Republicanos), e aprovado pela Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) no início de agosto.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do governo, na edição de 14 de setembro. Na justificativa, Tarcísio argumentou que já existem políticas públicas vigentes sobre o tema.
Procurada, a Secretaria da Saúde disse que o veto ocorreu por uma questão técnica, já que toda estratégia de vacinação deve ser construída junto aos municípios, e que o estado de São Paulo segue as diretrizes e orientações do Programa Nacional de Imunizações, de responsabilidade do governo gederal.
Além disso, ressaltou que a pasta realiza diversas ações para o combate ao HPV, incluindo a imunização, disponível desde 2014 como vacina de rotina em mais de 5.000 postos no estado, via SUS.
“Atualmente, o seu público-alvo engloba meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade e qualquer pessoa imunocomprometida de 9 a 45 anos de idade. Além disso, em maio deste ano, o estado ampliou a vacinação para vítimas de violência sexual”, afirmou a pasta.
A pasta disse que já criou uma proposta de imunização nas escolas.
Ainda segundo a secretaria, desde março deste ano há um piloto piloto com escolas do Sesi e Senai. Essa ação já foi inclusive pactuada com o Conselho Intergestores Bipartite (CIB), que é responsável pela execução da política pública de vacinação determinada pelo Plano Nacional de Imunização.
“Além disso, já no próximo dia 30 de setembro será iniciada uma grande campanha de multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos, incluindo a vacina contra HPV, nas escolas estaduais, municipais e particulares”, finalizou.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress