Hotel é inundado e carros ficam revirados após enchentes no interior do RS

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Após a trégua temporária nas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o dia 29 de abril, o nível de vários rios do estado começa a baixar, e cidades do interior gaúcho passam a contabilizar os prejuízos da destruição.

Em Arroio do Tigre, as câmeras de segurança de um hotel gravaram no dia 30 de abril, logo no início das chuvas torrenciais, o momento em que a água invade e inunda em poucos segundos o salão de entrada de um hotel.

Na mesma cidade, segundo informações divulgadas pela prefeitura, uma ponte de ferro foi encontrada retorcida cerca de 400 metros distante de seu lugar original.

Na vizinha Sobradinho, moradores começaram a se desfazer de móveis destruídos pelas águas. Casas tiveram paredes arrancadas pela enxurrada, e a ponte de entrada principal da cidade teve a estrutura danificada.

Na pequena Cruzeiro do Sul, de 11 mil habitantes, o rio Taquari destruiu parte do município, que está em estado de calamidade pública. Muitas casas foram destruídas, carros foram encontrados capotados, e a maior parte da documentação de agricultores foi perdida, segundo relatos.

“Fomos atingidos pela maior catástrofe já vivida em nosso vale”, disse o prefeito de Cruzeiro do Sul, João Henrique Dullius (MDB). Em vídeo divulgado nas redes sociais, Dullius afirmou que a prefeitura vai iniciar “imediatamente” um projeto habitacional para moradores desabrigados.

“Decidimos que não vamos esperar pelo governo federal, e sim vamos adquirir uma área nova para que a gente possa alocar centenas de famílias que perderam suas casas totalmente”, disse.

Em São Sebastião do Caí e Harmonia, no vale do Caí, moradores encontraram cadeiras, móveis e até uma mesa de carpinteiro com serra circular em cima de telhados. O nível do rio Caí chegou a 17,6 metros, a maior medição da história.

Na cidade de Venâncio Aires, foi realizada a primeira vistoria de Vila Mariante, distrito no qual mais de 4.800 pessoas deixaram suas casas, de acordo com a prefeitura.

O prefeito Jarbas da Rosa (PDT) e o chefe da Defesa Civil municipal Luciano Teixeira, que seguiram de barco até o local, estimam que em torno de 80% das construções sofreram algum dano parcial ou total.

Há postes derrubados, árvores e galhos caídos. “É impossível avaliar o tamanho das avarias. Ainda não temos ideia do tempo que levará para as pessoas voltarem à Vila Mariante. Luz, água e infraestrutura básica estão comprometidas”, disse Rosa, em nota.

CARLOS VILLELA / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS